Lale Frost

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Capítulo 31

A madrugada foi conturbada, mas totalmente gratificante, já que era a primeira que estava vivendo desde o nascimento delas. Poder nutrir o alimento que elas tanto precisavam nesses 5 dias foi maravilhoso. Ver que, aos poucos, elas iam ganhando força e, talvez, peso, é algo que só iríamos saber depois de alguns dias.

Chegou um momento pela manhã em que achei que elas tinham dado uma trégua, mas não foi bem isso. Elas choram, sim, mas Thomas havia pegado as duas e me deixou dormir mais um pouco. Quando achei estranho o fato de passar a mão em seu lado e não o sentir, fui abrindo os olhos e me deparei com a cena mais linda.

Meu marido estava com as duas em frente à grande janela do nosso quarto, conversando. Eu ainda consegui ouvir parte da conversa entre pai e filhas.

Thomas: É, sim, a mamãe tá cansadinha. Vamos deixar ela dormir um pouco, não é? Faz bem até pro leitinho de vocês. A mamãe deve ter ficado preocupada com a gente, né?

Nisso, ouvi elas balbuciarem, como se estivessem ouvindo e entendendo o pai, como se tivessem respondendo a ele.

Thomas: É, é sim, ela tava, né?

Então, decidi confirmar.

Lale: Estava sim, muito preocupada.

Ele se virou em minha direção com um dos sorrisos mais lindos que já vi.

Thomas: Bom dia, meu amor! Eu queria te dar um tempinho a mais, já que, depois que troquei as fraldas delas, elas se acalmaram.

Lale: Tudo bem, meu amor, estou bem. Vem aqui, vem!

Ele veio até mim e peguei Leyla nos braços.

Lale: Bom dia, minha noite linda! Os seus cabelinhos estão caindo, olha pra isso, amor.

Thomas: É, também notei. Quem sabe ela não fica ruivinha que nem você?

Lale: Quem sabe? Bom dia, minha lua linda! Os olhos dela são claros, amor. Será que vão ficar iguais aos meus ou vão ficar mais claros?

Thomas: Não sei, mas notei que Ayla se parece comigo, já Leyla com você, só as cores dos olhos que são trocadas.

Lale: É, são sim! São lindas nossas princesas sapecas.

Ficamos ali conversando. Aproveitei e dei de mamar à Leyla, já que estava com ela nos braços. Assim que ela dormiu, Thomas a pegou e me deu Ayla. Assim que botou Leyla no berço portátil, ele foi pegar nosso café da manhã. Fiquei com ela até ela dormir também, me levantei, coloquei-a no outro berço portátil e fui fazer minha higiene. Voltei para o quarto no mesmo instante em que Thomas entrou com uma bandeja.

Lale: Ai, que fome! Dá de mamar, parece que dá fome.

Thomas: Então vamos comer.

Sentamos e começamos a comer e conversar, até que me lembrei de algo.

Lale: Amor, Bianca ainda está por aqui.

Thomas: Pra ser sincero, faz um tempo desde que você chegou que não a vejo. Por quê?

Lale: Ela estava junto de Evan. Ela me deu um chá com ervas pra me deixar mais fraca do que já estava pela força do parto.

Thomas: Mas, amor, ela estava com um hematoma enorme no rosto.

Lale: Porque ela pediu para Evan bater nela, pra que ninguém suspeitasse dela.

Thomas: Eu até achei esquisito ela ter dito que você deu folga a todos e só deixou ela em casa.

Lale: Foi tudo um plano deles, mas eu me lembro que alguém foi até aquele chalé falar da condição das meninas, mas não me lembro quem era. Estava meio grogue e pedi pra ele me deixar ir. Implorei pra ele me deixar voltar, mas nada.

Thomas: Não se preocupe, meu amor. Hoje mesmo saberei quem está junto nesse plano. Vou fazer uma visitinha ao nosso hóspede indesejado.

Lale: Tá certo, você me acompanha em um banho?

Thomas: Não precisa perguntar nem duas vezes.

Ele me pegou nos braços e nos levou para o banheiro. Tomamos banho e, logo após, nos vestimos. Minha mãe, minha sogra e Kira vieram ver como estávamos, já que meu pai, meu sogro e Adan acompanharam Thomas até a cadeia da alcateia.

Penélope: Como você está, meu amor?

Lale: Tô bem, mamãe.

Beatrix: Que bom, minha querida! E as meninas, como estão?

Lale: Estão bem. A noite foi movimentada por aqui, mas foi gratificante.

Kira: Não vejo a hora de saber o que meu bebê é.

Lale: Eu aposto que é um menino.

Kira: Você acha?

Lale: Sim, e vai ser muito amigo das minhas sapecas.

Ficamos ali conversando por horas. As meninas acordaram para mamar mais uma vez antes do almoço e, quando deu a hora, os homens chegaram para almoçar com a gente. Lógico, trouxe meus dois pingentes juntos para ficarem pertinho de mim; não tiro os olhos delas por nada.

Depois do almoço, todos se foram e só ficamos nós. Resolvemos ir para o jardim e ficar ao ar fresco com as meninas.

Thomas: Elas já mamaram, meu amor.

Lale: Já sim, não se preocupe. Elas estão bem. Deve ter sido difícil para você, esses dias, né? Sem mim por perto e vendo nossas meninas tão novinhas e já sofrendo tanto assim.

Thomas: Você não imagina o quanto meu amor eu não consegui pregar os olhos. Meu coração doía tanto com a possibilidade de não te encontrar a tempo, de que nossas meninas não suportassem tudo isso. Foi apavorante.

E ele estava me contando isso, chorando já, e eu não fiquei para trás; não chorei igualmente.

Lale: E como você me achou?

Thomas: Uma pessoa me ligou e nos deu coordenadas de onde vocês estavam. Serei grato a essa pessoa.

Lale: Será que não foi a mesma pessoa que falou com Evan? Essa pessoa parecia não saber das meninas no dia do sequestro. Disse que ele ia pagar por ter um coração de pedra.

Thomas: Não sei, meu amor, mas já descobri os envolvidos, e estão sendo pegos nesse momento. Tudo será resolvido.

Ficamos ali naquela bolha de amor com as meninas. Graças a deusa, deu tudo certo, e me lembrei sobre o que ela me disse sobre as diversas situações que íamos passar. Mas tudo está bem, tudo está no lugar onde deveria estar.





Mais um capítulo! Agora faltam 3 e mais o epílogo.😔🤧

Agora, big beijo da Deazinha!😘

FUIII💜

Meu companheiro é o SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora