CAPÍTULO 12

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                       Kyo Adans

Após 6 meses, meu livro já estava praticamente pronto, só me resta dar uma grande revisada e depois envia-lo a alguma editora.
  Minha relação com Hellena estava fluindo bem, não estávamos oficialmente namorando, mas nos tratávamos como tal, sinceramente estou confuso sobre nós a algum tempo. Talvez eu devesse esclarecer...

- > Hellena, te farei uma pergunta bem direta... Mas o que somos ao certo? Qual é o tipo de relação que temos?

                                                                   12:10 PM

- > Eu não faço ideia  : /
                                                                   12:14PM

- > Entendi.
                                                                   12:15PM

- > Terminou o livro? Eu estou muito, mas muito ansiosa mesmo para ler!
                                                                     12:15PM

- > Vou fazer a última revisão hoje, brevemente você o lerá.

Se nem ela e nem eu sabíamos ao certo a nossa relação, começo a imaginar que será eu, a pessoa que pode determinar alguma coisa.
 
- Se eu a pedir em namoro... ela aceitaria?

   Dependendo da resposta, eu iria nos determinar como amigos, estranhos ou... namorados...

Essa dúvida rondou meus pensamentos pelo resto do dia, porém preciso me concentrar na revisão do livro para que eu possa envia-lo amanhã mesmo, entretanto... é tão difícil me concentrar, quando tudo que consigo pensar, é nos inúmeros motivos que a faria aceitar e nos contras, que me fariam levar um belo fora. Sendo sincero, eu não sei lidar com um fora, pior ainda, um fora da mulher que amo e vou amar pelo resto da minha vida.
   Comecei a cogitar sobre ela dizer “não” ... Como seria nossa amizade depois disso? E se ela começar a me evitar?  Isso começou a me perturbar de uma certa forma, a indecisão preencheu meu coração me fazendo pensar, pensar e pensar.
  
- Ou vou pelos contras, fico quieto e deixo tudo como está, ou vou pelos prós arriscando uma resposta negativa em que eu não saberia como lidar e que provavelmente estragaria nosso vínculo. -  suspiro. – Mas... se ela dizer “sim”...farei dela a  mulher mais feliz desse universo, vou me sentir profundamente privilegiado por tê-la.
  De qualquer forma, preciso pensar mais um pouco sobre isso, apesar de eu ter afirmado diversas vezes que  seria tudo que ela quisesse que eu fosse, tenho um certo receio do que vou me tornar depois do pedido. A última coisa que quero é que ela faça de mim um completo desconhecido, um figurante qualquer.

- Termino isso mais tarde. – passo a mão em meus cabelos, estou realmente perturbado em relação a isso.
  Não consigo me concentrar na leitura, então preciso colocar um fim nesse mistério para “seguir em frente”.
   Me levanto, visto uma camisa e saio de casa. Estou indo em direção a Sophie Coffee, com várias hipóteses e pensamentos, tantos negativos como positivos.
  Assim que chego, noto que o lugar estava cheio e bastante animado, passo entre as mesas e cumprimento alguns funcionários, logo depois me dirijo diretamente para meu escritório, provavelmente o que, ou melhor, quem eu procurava estaria lá.

- Kyo! Não sabia que viria hoje, você não costuma vir 3 vezes na semana- Diz Eduardo surpreso ao me ver.

- Não estou aqui á trabalho, na verdade, vim para lhe fazer uma pergunta.

- Então faça, estou ficando curioso já, pela sua cara parece ser sério. – Exclama ele.

- Bom... – Me levanto da cadeira e vou caminhando lentamente até uma parede, ficando de costas para Eduardo.- Como soube a hora certa de pedir a Vanessa em namoro? Como tinha tanta certeza de que era a hora certa e de que ela aceitaria?

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