Michael

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TAYLOR SWIFT POINT OF VIEW
29 de abril, 2023
New York City

A vida de mãe de menino é um caos! Um completo e verdadeiro caos. E quando se envolve a criação desse filho com malditas lentes de papparazzis em cima de você o tempo inteiro para que sua identidade seja finalmente revelada, tudo fica pior ainda.

Veja bem, nos últimos dez anos eu tive cuidado o suficiente para que Michael fosse protegido de muita coisa, o que levou a uma infância relativamente normal para o garoto: frequenta uma das escolas mais renomadas e seguras de Nova York, tem amigos, uma rotina e vive sua vida sendo o garotinho traquina que tanto amo. Mas desde que a minha turnê mais recente começou - e inevitavelmente tive meu sucesso triplicado - tudo vem estado cada vez pior.

Joe era um braço de apoio, era meu conforto, e por seis longos - e francamente desgastantes - anos nós vivemos relativamente bem. Tivemos altos e baixos, mas francamente, que casal não tem? No entanto, como falei, tudo pareceu piorar com o início da turnê, e não me refiro apenas ao espectro privacidade: Alwyn pareceu ficar cada vez mais amargurado, se afastando aos poucos. Suas saidinhas noturnas aumentaram, assim como a frequência que me sentia no mais fundo poço de desespero.

Mas Michel me ajudou. Claro que me ajudou. Me ajudou a secar as lágrimas, e deletar a localização que usava para acompanhar seus casos de infidelidade, e até mesmo a queimar as roupas que deixou para trás quando finalmente decidimos que o relacionamento já havia se acabado há muito tempo.

Assim como o pai, a alma desse garotinho é pura como a água de um riacho. É a minha fonte de felicidade, o que me faz lutar todos os dias para que o cansaço não acabe comigo. E não me refiro ao cansaço físico, mas sim ao esgotamento mental causado pelos anos ao lado de um julgador comportamental, um covarde que clamava ser um leão, em paralelo à toda a perseguição cruel e feroz que uma artista do meu porte sofre diariamente.

Michael Robin Swift é... inusitado. Muito bem educado, isso eu posso afirmar com orgulho, mas o garoto tem seus momentos catárticos. As qualidades são muitas: esforçado, estudioso, ama a música, carismático, bondoso... mas, em contraposição, é um furacãozinho de cachos loiros e olhos estupidamente verdes, como um reflexo alto e claro do meu caso de verão vivenciado em dois mil e doze. Michael parece ser incapaz de parar por cinco segundos, completamente viciado em adrenalina.

Ele também desenha, pinta e escreve - muito bem, por sinal -, e ama qualquer coisa que envolva super-heróis ( posso dizer que o Hiddleston foi o favorito dele, e fez questão de espalhar para todos da sala que seu novo padrasto seria o bendito Loki. Foi uma semana caótica para Tree! ).

Aliás, ele fala quatro línguas. Quatro! É impressionante... Além do inglês também tem uma gama de conhecimento sobre francês, espanhol e italiano - o que é um soco no meu estômago, porque sempre sonhei em aprender francês. Até fiz cursos e tudo, mas é literalmente impossível e desgastante, então preferi deixar para lá.

Em suma, o garoto é um verdadeiro gênio.

Nos últimos meses meu menino vem descobrindo a arte do sarcasmo, e não preciso me prolongar muito para que entendam a minha dor: sou humilhada diariamente por uma pestinha que acabou de fazer dez anos, o que é um completo absurdo! Mas Blake comentou que esse é um bom sinal, porque significa que é inteligente e criativo o suficiente para pensar em respostas inusitadas e cômicas, o que de certa forma me tranquilizou um pouco.

Falando em Blake, ela atualmente está a caminho do meu apartamento em Tribeca - Taybeca, para os mais íntimos - com seus, agora quatro, filhotes. James, a mais velha, nasceu um pouco mais de um ano após o nascimento de Michael, tendo, para a nossa felicidade, criado um certo vinculo amistoso de irmandade.

Robin - TayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora