07. telhado

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– cara, cara, é uma semiautomática de seis tiros, caralho– o loiro fazia várias poses mais duvidosas do que seu caráter com a arma.

– cuidado com isso jj, não mata nem um de nos– dei um voto de confiança pra jj e foquei no dinheiro– ai dinheirinho lindo– quase empurrei jon b pra longe do cofre se ele não tivesse levantado antes, tentei contar quantos maços tinha ali– porra tem grana pra caralho aqui.

– lembrando aqui, pros dois, não vamos roubar nada– jon b olhou para jj e para mim, mesmo que roubar não estava nos meus planos, bem provável estava nos planos do loiro

– anotado patrão– dei um sorriso amarelo, já que agora planos de pegar pelo menos um maço de dinheiro passou pela minha cabeça agora, mas como ele não me deixaria eu me levanto e dou três tapinhas no ombro dele e fui até jj– deixa eu ve isso ai.

Tirei a arma da mão de jj e dei uma boa olhada nela.

– meu irmão teve uma fase de gostar de armas mas nunca teve grana pra isso– tirei a recarga da arma e em seguida a coloquei no lugar– pensa só, ela está carregada, então se alguém tentar matar a gente pelo menos a gente sai vivo.

Joguei a arma para jj novamente, ele tem um caráter duvidoso, sim, mas ele sabe atirar, melhor a arma ficar com ele do que com uma pessoa que não sabe nem segurar em uma arma direito, vi ambos os dois rapazes me encarando.

– o que gente, eu tenho um irmão que queria muito um irmãozinho pra falar de coisas desse tipo, aí veio eu e ele mandou um foda-se.

– Foda-se isso, tira uma foto minha– jj voltou a fazer as poses duvidosas com a arma.

– não, você quer uma prova contra você mesmo?– diz jon b encarando o amigo incrédulo pela burrice do mesmo.

Deixei escapar uma risada, já que seria muito engraçado explicar isso para a policial, enquanto os rapazes estavam entretidos com a nova discussão fútil, eu coloco as mãos na cintura esperando a brecha para que eu entrasse no meio da briga mas de repente ouço alguns barulhinhos na janela, me aproximo da mesma e abro as cortinas, junto delas abro o vidro assim que coloco minha cabeça pra fora vejo kiara e poupe apavorados sacudindo os braços freneticamente, logo kiara aponta para a frente do hotel, com uma dificuldade consegui ver uma viatura.

– caralho, polícia.

Nós ficamos em desespero total, já que o cômodo era praticamente um quadrado, então não teria onde se esconder, eu abro a janela por completo e saio pela mesma logo, estendendo a mão para ajudar os rapazes, os garotos conseguiram pontos cegos da janela para se esconderem, só que em uma janela só existem dois pontos cegos, então eu estava totalmente visível, tenho que admitir que por esses segundos, eu fiquei totalmente cega pelo desespero de poder ser presa sem ter feito nada, por sorte jj viu que eu estava parada igual uma estátua de sal e puxou meu braço, me deixando no ponto sego do mesmo, tive um segundo de lucidez e consegui me abaixar e me pendurar na lateral do telhado, assim deixando o ponto cego para jj, eu foquei totalmente em não me deixar cair, não sou uma pessoa forte, não aguentaria ficar pendurada ali por muito tempo, o loiro manteve seu olhar em mim, ele também sabe que se demorasse muito eu não ia aguentar e cairia feito uma jaca no chão, eu realmente não estava afim de me machucar serio, respirei o mínimo possível para poder preservar um pouco de força, em certo momento olhei para o barco e vi kiara e pope me encarando em total desespero, mas tentavam fingir normalidade.

– minhas mãos estão suando– tento falar baixo mas o loiro me encara apavorado.

– vamos trocar, se você cai da ai sai toda quebrada, eu quebro só um pé, eu acho– ele sussurra.

THE LADY AND THE TRAMP||~Jj MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora