por favor

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Pov.'s Suguru

Cheiro de Carvalho, lareira e lírios frescos. Iluminação baixa que se mantinha apenas pelas velas e pela lareira acesa no quarto de decoração rústica, deixando todo o ambiente confortável e caloroso. Baixos resmungos calorosos ecoavam como uma melodia erótica, gemidos altos escapando a medida em que nos perdíamos em uma euforia de paixão e desejo, a medida em que nossos corpos ansiavam mais do que apenas toques bonitos e amorosos. O modo como seu quadril se movia, como subia e descia, me fazendo apertar a cintura feminina alheia, jogar minha cabeça contra o travesseiro e gemer alto por você, chamando com uma melodia carente e indecente. Minha respiração estava desregulada, totalmente alterada e necessitada assim como a dela, e oh… céus era tão bom quando meu nome saia de seus lábios como uma sintonia erótica ao atingir seu mais alto prazer, ao deixar que tudo viesse tão forte que meu peito era arranhado e a voz de lizy saísse alta em um grito de prazer. "AH... Ah suguru, por favor de novo" é então tudo se repetia, novamente fazíamos amor até que estivéssemos tão satisfeitos a ponto de deitarmos exaustos.

— Ei, amor, se um dia eu morrer você ainda vai me amar? — Perguntou lizy deitada em cima de meu corpo, com seus seios fartos tocando meu peitoral exposto, ambos nus e suados. Sua respiração estava cansada, a minha também estava, afinal tínhamos acabado de fazer amor.

— Claro, claro que vou...-Respondi de forma calma e gentil. Tocando suavemente os cabelos bagunçados e ruivos de lizy, está que sorriu doce e gentil, com aqueles lindos olhos verdes esmeralda brilhando em felicidade.

— Tem que prometer que vai seguir sua vida, mesmo que me ame pode muito bem seguir em frente, até porque eu sou humana...-Resmungou baixinho a ruiva, beijando meu peito antes beijar novamente meus lábios, sendo novamente virada na cama.

— Posso te transformar, meu amor. — Respondi descendo meus beijos pelo pescoço alheio da mulher, cheirando e marcando com todo meu amor.

— Hm... Eu não quero, mas se quiser tanto assim... — Lizy me afastou levemente ao finalizar sua fala. Tocando meu rosto com carinho e ternura, seus olhos sempre tão cheios de amor e vida me encarando como se fosse o único homem no mundo, e ela era minha única mulher. — Se um dia eu reencarnar, você vai ter que me conquistar, viu?vou ser bem difícil na próxima vida. — Empinou o nariz de forma confiante enquanto dava risada.

— Sua diaba, vai me atentar até na próxima?! — Brinquei puxando lizy para mais perto ainda, a deixando sentada em meu colo enquanto nos beijávamos em uma dança suave e sensual de amor e desejo.

Esses dias felizes, aonde bebia vinho e dormia ao lado de minha esposa, acabaram. Tudo virou pó tão rápido, tão fácil que meus olhos mal acompanhavam toda a informação. Minha amada, minha esposa que tanto amava estava jogada no chão com uma espada em seu peito, aquele homem, aquele maldito homem a matou enquanto eu estava fora. Ela morreu, morreu em meus braços quando já não sentia o calor de seu corpo ou sua respiração calma, quando seu cheiro suave de lírios já não existiam, o cheiro de sangue banhando sua camisola branca era a única coisa que restou. Aquele monstro, zenin, eu odeio o clã zenin e juro que na sua próxima vida você nunca mais vai ver este homem novamente, você nunca mais vai ver nenhuma versão deste homem.

Eu odeio, odeio que tenham te matado, matado a minha querida esposa. Minha amada mulher se foi pelo egoísmo de uma homem orgulhoso e arrogante, por um homem que não aceitou seu destino.

Foi minha culpa… ela morreu por minha causa.

Eiii suguruh -A voz gentil que me chamou em meio a melancolia me acordou. O sol batendo em seus fios loiros como fios de ouro, perfeitos e sedosos, deviam ser macios, tão brilhantes quanto ouro em meio ao sol. Olhos de esmeralda cheios de alegria e vida, cheios de histórias para contar e serem escritas, brilhantes olhos de esmeralda. Uma pele branca perfeita para se marcar, que qualquer arranhão seria explícito como sangue na neve. Um lindo vestido azul com branco, era simples e com um corset branco, mas ainda, sim, lindo. Rosália era linda, tão linda, mas acima disso tudo. Você me lembrava alguém, sim, ela lembrava alguém.

Eu não consigo lembrar quem. Eu não quero me lembrar.

Era você, era você novamente.

— Ela é linda, não é? — A voz masculina e levemente bruta se fez presente. Nayoa zenin, meu "melhor amigo" da academia.

— … parabéns pela noiva -Elogiei acenando levemente para Rosália que deu risada voltando a se divertir com sua empregada.

— Obrigado, vou aproveitar bem minha noiva. — Naoya ditou simples enquanto sorria a olhando. Aqueles olhos novamente, novamente tudo de novo.

[Presente.]

A neve que caia do lado de fora da janela se acumulava nas plantas do castelo, no solo e em suas laterais do lado de fora. O vento frio que soprava realmente não me incomodava, o castelo frio e Solitário que morava há anos já não me incomodava mais, aquele ar frio já não era tão ruim, mas para ela era. Rosa, Rosália, minha rosa que brilha tanto, tão iluminada que parecia a luz na escuridão, minha luz na escuridão, falando egoísta. Você tem cheiro de framboesa fresca, sempre vestindo camisolas brancas dadas por nobara, a empregada do castelo, mas está sempre tão linda. Morrendo de frio, minha rosa estava encolhida na cama coberta e tremendo de frio, como nunca vi antes.

Suspirei levemente, o cansaço me corroendo junto de minha personalidade já quebrada, o modo como mal suporto te olhar sem lembrar, sem lembrar de como você já esteve fria e sem pulso. Ascendi a lareira do quarto, deixando que o calor se espalhasse pelo local, tornando a atmosfera agradável e calorosa.

— Em... — Rosália resmungou baixinho virando para o outro lado na cama, agora ela parecia confortável, afinal não tremia mais de frio.

— Desculpe, esqueci que humanos sentem frio. — Ditei afastando os fios dourados de seu rosto.

Não devo ficar novamente com você, já vi aonde este destino se guarda, já vi o que acontece quando estou com você, e não posso suportar esses primatas a maltratando novamente. Eu não suporto a ideia de deixá-la nas mãos de um zenin, de um homem que a traiu e machucou, não, você nunca mais vai voltar para aquela merda.

[.]

Cheiro de lírios frescos, uma camisola branca que tocava seus pés enfaixados pelos machucados adquiridos na neve, naquele maldito dia de neve em que tentou fugir de mim. Não posso deixá-la ir, mas se assim for seu desejo entenderei, mesmo que me doa os ossos, ainda tentarei resistir. Você é tão brilhante quanto o sol, tão triste quanto as duas de chuva, mas tão feliz quanto uma festa, uma perfeita contradição que talvez ninguém entenda, mas amo isso. Amo como seus cabelos ondulados estão sempre bagunçados e com alguns cachos mal feitos, estes que você fez enrolando seus dedos em seus fios. Como seus olhos brilham quando está feliz ou como suas bochechas forma covinhas ao sorrir. Como posso ser tão obcecado por você, você nem sequer se lembra.

Cold blood (Suguru getou)Onde histórias criam vida. Descubra agora