Taeyang volta para a Coreia do Sul com o desafio de acabar com as pendencias, antes que o tempo acabe com ele.
Já Intak sempre teve o tempo como aliado, até o dia que a tão esperada segunda chance bateu nele usando uma vassoura.
O ponteiro do relóg...
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Boa leitura ♡
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Theo
Passado
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Odeio quando minha mãe me manda comprar alguma coisa e eu preciso deixar de fazer meus assuntos importantes — assistir filmes de romance. É sábado à noite, jovens como eu poderiam estar caindo na farra, mas não, agora eu estou descendo uma ladeira com uma sacola de pão.
Chuto as pedrinhas pelo caminho, olhando a rua meio vazia, falando sozinho como já tenho mania de fazer. A senhora Hamin reformou a varanda, e a tia Yoon comprou novas plantas. Achei sem graça. Procuro algo mais legal para falar, então o carro parado na frente da casa da tia Hwang chama minha atenção. Eu nunca vi ele por aqui, e eu consigo ver duas pessoas dentro dele.
Na janela, vejo a tia Hwang conversando no telefone, prestes a perceber a existência daquele carro ali, parado indevidamente. Acelero o passo, na verdade eu vou correndo até o carro porque quero ver com meus próprios olhos. Quando chego na janela do motorista, dou duas batidinhas no vidro para avisar as pessoas ali que a dona da casa é meio maluca por regras e odeia quando param na frente da casa dele.
Meu mundo cai e o meu queixo também. Intak estava quase traçando a menina da turma dele num carro parado no meio da rua. Eles dois me olham, minha cabeça tomba para a direita e a expressão de desespero de Intak faz a minha felicidade nascer. Ele faz sinal para eu ficar calado, mas eu odeio ficar calado, e essa rua está tão em silêncio que faz até pena deixar a tristeza reinar nesse bairro.
— Senhora Hwang, olha o carro estacionado na frente da sua casa! — Eu grito e saio correndo, dando risada porque sei exatamente o quão desesperado Intak ficou.
Chego em casa renovado, que eu moro na casa ao lado. Subo até o meu quarto, feliz, sento na frente da minha janela e espero. Demora cerca de trinta minutos para Intak chegar no quarto dele que fica com a janela de frente para a minha janela. Ele me olha, com ódio, e eu solto um beijinho pra ele.
Pego um papel e uma caneta na mesa, quando volto pra frente da janela o recado dele já tá escrito num papel.
