8-SONHANDO JUNTOS

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Era uma daquelas noites tranquilas em que o silêncio da casa parecia acolher os pensamentos mais íntimos. S/N e Charlie estavam deitados no sofá, cobertos por uma manta macia, enquanto um filme qualquer passava na televisão. O filme, no entanto, havia sido rapidamente esquecido, substituído por conversas bobas e carícias discretas. Charlie puxou S/N para mais perto, entrelaçando as pernas com as dela, enquanto sussurrava algo engraçado que a fez rir. Ele sempre conseguia tirar risadas dela, mesmo quando a situação era tão simples.

-Você sabia que, se eu pudesse, nunca mais sairia dessa posição?
ele disse, com um tom brincalhão, mas carente.

-Eu ficaria assim pra sempre, grudado em você.

S/N deu um sorriso. Ela amava a forma como Charlie conseguia ser ao mesmo tempo charmoso e bobo.

-E quem disse que eu não te deixaria fazer isso, hein?

Ele riu, apertando-a mais contra seu peito.

-Ótimo, porque eu planejo ficar aqui até a eternidade.

Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas aproveitando a companhia um do outro. S/N estava tão confortável que quase adormeceu, até que Charlie, em um tom repentino de seriedade - embora ainda carente - quebrou o silêncio.

-Você já pensou sobre... o futuro?

S/N ergueu o olhar para ele, curiosa.

-Futuro, como assim?

Charlie mordeu o lábio, um hábito que ele tinha sempre que estava pensando em algo importante.

-Você sabe... nós. Tipo, onde nos vemos daqui a uns anos. Se casando, morando juntos, quem sabe até... tendo filhos.

O coração de S/N deu um salto. Não que ela nunca tivesse pensado nisso, mas ouvir Charlie falar assim, tão abertamente, a deixou um pouco surpresa - e extremamente feliz. Ela mordeu o canto dos lábios, brincando com as pontas da manta.

-Eu penso nisso às vezes, sim...
Ela admitiu, sua voz baixa, quase tímida.

-Mas, e você? Como você imagina isso?

Ele sorriu e acariciou o cabelo dela com os dedos, seu olhar fixo nos olhos dela.

-Eu me imagino acordando ao seu lado todos os dias. Nós dois em uma casa nossa, decorada do jeito que quisermos, com um cachorro correndo pela sala, e você sempre roubando as minhas camisetas pra dormir.

S/N soltou uma risada baixa.

-Sempre roubando suas camisetas? Já tô fazendo isso, amor.

Charlie riu, balançando a cabeça.

-Verdade. E eu amo isso, você sabe. Mas sério, eu quero construir uma vida com você. Não consigo imaginar meu futuro sem você nele.

S/N sentiu o coração aquecer. Havia algo de tão genuíno na forma como Charlie falava. Ela podia ver o brilho nos olhos dele, o desejo real de um futuro juntos. Isso a fez imaginar também.

-Eu imagino a gente morando em uma casa aconchegante, sabe? Nada muito grande, mas com espaço suficiente pra gente e, quem sabe, nossos filhos no futuro.
Ela riu, um pouco nervosa.

-Eu sempre me imaginei como mãe, mas pensar nisso de verdade, agora, é meio assustador. Tipo, cuidar de uma pessoinha e tudo mais.

Charlie sorriu amplamente, como se essa fosse a coisa mais natural do mundo.

-Eu acho que você seria uma mãe incrível. E eu seria o pai mais babão de todos os tempos. Já me imagino filmando cada momento bobo dos nossos filhos e te deixando maluca por isso.

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