01. Coração de Papel

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O cheiro de café impregnava a sala, Pete olhou para seu mingau de arroz com porco e para sua colega ao lado

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O cheiro de café impregnava a sala, Pete olhou para seu mingau de arroz com porco e para sua colega ao lado. Ele passou a noite sem se alimentar e agora precisava de uma alimentação reforçada para o dia estressante que estava por vir. O café de Taew é um pouco forte no ar dando ânsia em seu estômago vazio.

— Por que não come algo mais leve? — Taew perguntou sem olhar para Pete, como sempre a Beta se preocupando com ele.

— Prefiro comer isto. Como anda as planilhas do Sr. Barry? — Pete mudou de assunto cravando a colher no mingau e comeu, seu estômago doeu, mas ele tinha que comer para não ocasionar um desmaio.

— Já terminei, ele iria me comer viva se chegasse hoje sem seus totais prontos — Taew levantou os braços se espreguiçando enquanto Pete devorava seu café da manhã.

— E as tabelas dos valores arrecadados do último evento? — Pete sorriu ao ver Taew jogando sua cabeça em direção a mesa para choramingar. — Tudo bem, eu termino para você.

— Você faria isso? — Pete balançou a cabeça concordando. — Ah, obrigada, Pe!

Trabalhar na Tec Company Hall é um desafio e tanto para Pete. Foi difícil conseguir um emprego desde que se formou em Administração. O tipo de tempo moderno que vivia na indústria não permitia um ômega se habituar com outras pessoas. Ou você nascia numa família rica ou você lutava pela sobrevivência, e como Pete Phongsakorn não tinha nada disso, ele teve que lutar durante anos - contando os dias que nasceu - para subir os degraus e se formar na sua área preferida. Desde que Pete se entende por um ômega, as situações nunca foram boas na sociedade, desprezo é o que foi lhe dado.

Beth Phongsakorn é sua mãe de criação, nas suas histórias contadas Pete foi encontrado enfrente da sua calçada recém nascido depois que ela tinha chegado de um longo dia do trabalho. A beta se desesperou, foi a polícia e anunciou por toda a cidade sobre o bebê abandonado. Ninguém queria ficar com um ômega, não dessa maneira, e o coração bondoso não deixou Beth deixar a criança sem teto. Ela lhe deu amor, carinho e tudo que uma criança poderia ter, ela o ensinou a viver nesse mundo e lutar por seus direitos da sua espécie.

Aos dez anos de idade, quando algumas crianças o afetou por seu cheiro e do seu status, Beth o mudou de escola para outra. Lá Pete conheceu seu melhor amigo Porsche Pachara, e desde aí os dois não se desgrudaram por verem que sofriam por serem ômegas. Eles tinham quase a mesma vida, a diferença era que Porsche nasceu numa família com amor mas tudo mudou com o acidente e a morte de seus pais, e desde daí seu tio o criou junto com seu irmão mais novo.

A questão primitiva de um ômega é procriar igual uma fêmea. Eles tinham um cheiro diferente delas e também tinham um útero fértil. A cada mês os ômegas passavam pela rotina de um cio que durava três dias. Eram dias férteis para conceber bebês e para se proteger da concepção eles tomavam supressores. Claro que Pete era virgem, ele nem sequer já tomou algum medicamento. Ninguém o queria, e se quisesse ele deveria estar perto de algum alfa em seu rut para o montar e talvez procriar.

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