- SALVAÇÃO
" onde o salvador encontra sua salvação..."
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CASSIE SMITH sempre achou ter sorte em sua vida, mas quando o mundo rompeu em morte e caos, sua vida mudou completamente em um azar sem fim. Crescendo antes da hora, aprende...
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𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌
‘ HORA DO SHOW ’
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CASSIE despertou lentamente, seus olhos estavam pesados como se carregassem o peso de toda a dor e perda que presenciou na noite passada. A luz fraca que entrava pela janela da enfermaria do Santuário criava sombras nas paredes de metal enferrujado, uma característica comum da fábrica. O ambiente estava impregnado com o cheiro característico de desinfetante ou alguma mistura de produto de limpeza, também com um leve odor metálico de sangue, como um lembrete do que aconteceu.
Ela estava deitada em uma cama de hospital improvisada, coberta com um lençol que não disfarçava a frieza do lugar. Sua cabeça girava, e um sentimento de fraqueza a dominava, mas não era apenas o cansaço físico. A mente dela estava em um turbilhão, se lembrando das pessoas que não sobreviveram ao ataque, das almas que foram levadas em um piscar de olhos.
Enquanto estava deitada, ouvindo o som repetitivo do gotejar de algum cano ao longe, a porta da sala médica se abriu com um rangido longo e irritante. Doutor Carson entrou com o rosto cansado como sempre.
— Doutor, eu tô bem. — Cassie resmungou, tentando desviar a cabeça da luz incômoda.
— Seu pai me penduraria pelos pés se eu não verificar direito. — Carson respondeu, sem tirar os olhos da lanterna. — Vamos garantir que não teve nenhuma concussão.
— Então é só questão de manter sua cabeça no lugar? — Cassie se virou e sorriu sarcástica. — Tranquilo.
Carson soltou um suspiro exasperado após verificar Cassie e abaixou a lanterna em seguida, se movendo até uma gaveta próxima. Ele abriu com um estalo, puxando um frasco de comprimidos.
— Vou te dar um analgésico. — ele disse, balançando o frasco. — Pra dor futura, só por precaução.
— Tanto faz. — Cassie respondeu, impaciente, pegando o comprimido e o engolindo em um único gole, tomando um pouco de água e em seguida devolvendo o copo vazio. — Isso já tá bom.
