Imploro-te vingança

Capítulo - 11

Olá pessoinhas, cês tão bom ?

Espero que gostem do cap, boa leitura e cheirinho pra vcs

Especial Camila Cabello

Havia se passado quase um mês desde que Agatha chegara e as coisas estavam indo de mal a pior. Já fazia 1 semana desde que Lauren pediu para que fossemos apenas amigas e isso me destruiu. Eu sabia que isso tinha relação com a chegada da Agatha, afinal elas estavam sempre juntas agora. Talvez a Lauren fosse apaixonada por ela e eu não poderia julgar, a Agatha era realmente uma garota legal e era linda, eu preciso ser sincera. Mas ainda dói aqui dentro.

Nesse momento estou na mesa da lanchonete de sempre com todas as meninas, menos é claro a Lauren. E eu tenho certeza absoluta que ela está, de novo, com a Agatha. – Camila está presa em seus pensamentos, alheia a conversa das demais meninas até que, ao ouvir o nome de sua amada ser sussurrado por Dinah, passou a prestar atenção na conversa sem deixar que as demais percebessem.

Dinah: Lauren saiu com a Agatha ontem. Mani e eu as encontramos naquela sorveteria chique do shopping. A Laur parecia meio abatida – Dinah falou tudo sussurrando na tola tentativa de não me deixar ouvir

Ally: Será que a nossa morena está bem? – vi que a baixinha tinha o rosto contorcido em uma carinha de preocupação pela minha visão periférica

Vero: Ela anda meio quieta demais ultimamente e anda afastada da gente. Ou só eu notei isso? – elas ainda conversavam sussurrando.

Dinah: ela realmente está afastada. Eu fui interrogar ela um dia desses, mas ela falou que só tava ocupada demais tentando fazer uma boa foto pra última nota – pressionou os lábios formando um linha fina.

Normani: E a gente acredita nisso? – falou de forma irônica

Lucy: Acho que o problema da Laur está em não se decidir sobre o que quer realmente. – falou olhando pra mim, que ainda fingia não ouvir nada agradecendo aos céus por estar de fone desde que saí da aula mesmo que não estivesse ouvindo nenhuma música.

Ally: olha, lá vem a Laur. – falou alto chamando a atenção de todas, inclusive a minha.

Dinah: e Agatha também, claro – falou um pouco baixo. Não falei que estavam juntas?

Voltei a mexer em minhas anotações. Eu vinha tentando escrever uma música, mas só conseguia pensar em tudo aquilo que vinha acontecendo desde o início do semestre. Desde meu tombo com Lauren, nossos beijos e abraços, até essa semana de merda que eu estava tendo depois que Lauren rompeu o que tínhamos para ser apenas minha amiga. Como eu poderia estar bem com tudo isso?

Lauren e Agatha estavam na mesa em uma conversa tranquila sobre o que queriam fazer nas férias e eu preferia apenas ficar na minha, principalmente depois que a Lauren falou que passaria as férias com Ágatha e sua família. Eu realmente não queria mais ouvir nada daquilo. Estava presa em pensamentos quando senti alguém passando a mão por meu ombro me abraçando de lado e ao olhar quem era me perdi naquele verde que tanto amo.

Lauren: Oi camz, vi que tá quietinha. Ansiosa pela apresentação? – ela falou sorrindo para mim e eu só consegui balançar a cabeça concordando. Qual é, porque ela tem que ser tão linda?

Lauren: não fica assim Camz, tenho certeza que você vai arrasar. Você é incrível – me deu um beijo demorado na bochecha e me abraçou apertado e eu? Estava quase chorando por tê-la tão perto, mas tão longe. Eu quis tanto ter aqueles braços me prendendo ao seu corpo, que naquele instante parecia um prêmio pela mentira e pela falta de coragem de lutar pra ter aquela mulher. Aquele abraço que foi um dos meus desejos mais profundos e antigos me fazia sentir o gosto amargo de uma amizade que poderia ter sido muito mais .

De repente o sinal indicando o início das aulas da tarde soou e Lauren soltou o abraço para ir embora com Agatha sempre ao seu lado. Agatha ainda não está tendo aulas, iria começar apenas no próximo semestre, mas todos os dias estava aqui... Com Lauren. Marcamos de nos encontrar às 15:00 horas, ali novamente, para um lanche. Vero e Lucy não poderiam ir pois tinham que ir comprar umas coisas para a mãe de Lucy, Ally também não poderia, tinha que encontrar seu crush. Eu tentei fugir também, mas Dinah não permitiu.

O restante do dia passou lento, e algumas vezes eu jurei que os relógios estavam parados. Não queria interagir com ninguém então apenas fiquei sentada na minha cadeira de costume, com meu fone e rabiscando minhas anotações ainda tentando escrever algo que não fosse sobre a Lauren. Como tínhamos que criar algo, as aulas agora eram livres: nós fazíamos o que queríamos, contanto que fosse tentando criar algo para a apresentação. Os professores estavam lá só para nos orientar caso pedíssemos.

Me atrasei um pouco para o lanche com as meninas por ter escrito algo que gostei muito. Mesmo o trecho sendo, obviamente, sobre a minha situação com Lauren. Chegando na mesa, notei que as meninas conversavam de forma muito animada, e Agatha não estava na mesa. Lauren estava estranha, parecia assustada e meio fora de órbita. Eu não sabia o que estava acontecendo. Sentei na mesa e comprimento a todas, Lauren apenas me olhou, não falou nada e parecia que na verdade não tinha de fato me visto. Nunca a tinha visto assim, o que será que aconteceu?

Agatha chegou à mesa com uma bandeja em suas mãos com lanches que acreditei ser de todas as meninas. Ela me comprimentou e olhou pra Lauren... Vi seus olhos ficarem em alerta e ela começou a falar com Lauren.

Agatha: Laurem – Lauren a olhou, mas nada falou. Era como se ela realmente não estivesse naquele mundo. Agatha se apressou em ir para o lado de Lauren e o movimento rápido e a voz um pouco alta de Agatha chamou atenção das meninas que agora olhavam para a cena das duas meninas. Agatha estava com as mãos no rosto de Lauren, segurando com carinho. Seu rosto estava a centímetros do rosto da morena.

Não consegui sentir ciúmes pois a minha preocupação foi bem maior. Lauren começou a chorar, um choro de dor, chorava agarra a Agatha como se sua vida dependesse daquele abraço. A loira apenas a segurava em seus braços, falando que tudo ia ficar bem. As meninas e eu nos entreolhamos tentando entender o que estava acontecendo ali.

Alguns minutos se passaram e Lauren já havia parado de chorar, mas continuava num abraço de lado com Agatha que ainda parecia tentar protegê-la.

Lauren: eu quero ir embora Ag – falou pela primeira vez desde que eu havia chegado. Sua voz estava rouca, baixa. Ela parecia estar tão pequena naquele momento e eu queria tanto poder estar cuidando dela como agora outra fazia.

Agatha: claro, Laur. Vai pro meu carro, me espera lá tá? Eu vou pagar a conta e já te encontro lá. – a loira falou dando a Lauren a chave do seu carro.

Lauren: meninas, eu sinto muito por isso – baixou a cabeça e saiu antes que alguma de nós conseguisse responder. Agatha ficou olhando Lauren sair e eu fui despertada dos meus pensamentos que tinham milhares de perguntas sobre aquilo tudo quando Dinah resolveu falar.

Dinah: mas que porra tá acontecendo? – falou olhando diretamente para Agatha. – você só vai sair daqui quando falar o que houve com a palmito

Nesse momento todas voltamos nossa atenção para Agatha

Agatha : meninas, a Laur estava tendo uma crise de pânico. Vocês não perceberam? - crise de pânico? Desde quando a Lauren tinha isso? E como eu não consegui perceber? Todas negamos e ela continuou a falar.

Agatha: a Laur tem crises de pânico desde criança. Quando ela tem essas crises ela fica com aquele olhar perdido e não consegue se comunicar. É quase como se ela se desvinculasse de seu próprio corpo, não consegue ter controle. – então era isso que estava acontecendo. Porque eu não sabia? Porque eu não ajudei ela?

Depois daquilo Agatha foi pagar a sua conta e a de Lauren e foi embora logo depois. Continuamos na mesa por um tempo e as meninas estavam completamente chocadas com tudo e ficaram mal pela Lauren. Eu fiquei alheia a conversa delas, estava mais focada em pensar sobre o quão pouco eu sabia sobre a Lauren e o quanto Agatha poderia ser melhor para ela do que eu.

Acabamos indo todas embora alguns minutos após a saída de Agatha e eu estava sempre perdida em pensamentos. Decidi ir até a casa de Lauren, precisava ter certeza que ela estava bem.

No dia seguinte, bem cedo, peguei um táxi e segui até o seu apartamento ao qual eu fui apenas uma vez.