Imploro-te vingança

Capítulo 3 - Apaixonada?

Olá pessoas, peço desculpas pela demora... achei que tinha deixado esse cap prontinho mas esqueci de deixar a publicação automática... enfim, eu sendo eu.
Desejo uma boa leitura a todxs. Cheirinho s2

Especial Camila:

Hoje é meu primeiro dia na faculdade e eu estou muito nervosa. Eu sei que é bobagem, mas eu sou muito tímida e não conheço ninguém em Miami. Minha família e eu nos mudamos de Nova York há uma semana, mas só hoje tive oportunidade de sair (óbvio, não podia ficar em casa justo no primeiro dia de aula). Nós ficamos muito ocupados com todos os detalhes da nova casa, desde a pintura de cada cômodo até as flores do jardim. Foi todos os detalhes mesmo! Na minha família temos o hábito de fazer os afazeres domésticos todos juntos, então claro que faríamos toda a mudança juntos. Meus pais são Alejandro e Sinu Cabello. Meu pai é chefe de cozinha e minha mãe arquiteta. Tenho uma irmã chamada Sofia Cabello, ela é meu bebezinho, até porque só tem 7 anos. Todos em minha casa são extremamente carinhosos e amorosos. Sinu até hoje vai ao meu quarto me dar um beijo de boa noite e meu pai ainda me põe no colo. Confesso que adoro todo esse carinho. Minha paixão é a música, por isso escolhi esse curso. Desde pequena tentei aprender a tocar violão e teclado sozinha, também cantava, porém, fazia tudo isso escondida, afinal eu tenho vergonha demais.

Quando cheguei ao campus fiquei encantada com o tamanho do lugar. Haviam vários prédios que eu julguei ser onde haveriam as salas de aula, laboratório, bibliotecas setoriais (as bibliotecas setoriais são aquelas onde encontramos os livros específicos dos cursos ministrados naquele setor), haviam praças de socialização, lanchonetes, estacionamentos espaçosos e muita, muita, muita gente andando em todas as direções possíveis.

O que eu sabia sobre o campus é que ele era, como já falei, enorme e que era dividido em setores. Cada setor era responsável por grupos de cursos que de alguma maneira se relacionam. Por exemplo: havia o setor de artes, que seria onde eu teria a maior parte das minhas aulas. Nesse setor teriam alunos dos cursos de música, teatro, dança, enfim, todo e qualquer curso que envolvesse arte. Cada setor tinha sua biblioteca setorial, coordenação dos cursos ofertados ali, e algumas salas de administração que não vem ao caso falar sobre.

Estava procurando minha sala enquanto observava tudo que meus olhos poderiam ver, mas percebi que estava quase atrasada para a primeira aula, então resolvi tentar conseguir ajuda para me localizar. Vi uma menina andando na minha frente então decidi correr um pouco para alcançá-la e assim perguntar se ela sabia onde minha sala ficava. Porém correr não foi uma boa ideia! Tropecei em meus próprios pés e acabei me jogando em cima da menina... E o pior, ainda caí em cima dela. Bingo, eu arrasei!

Sai de cima da menina o mais rápido que pude ouvindo-a reclamar de dor. Olhei para ela assim que consegui sair de cima e nossa! Quase tive um infarto ao vê-la. Ela é linda! Completamente linda. Sua pele é branquinha, quase transparente; cabelo castanho abaixo dos seios; e quando ela me olhou eu perdi meu ar. Seus olhos... Seus olhos eram lindos e foi ali, naqueles olhos que me perdi.

Ouvi mais alguns grunhidos de dor saindo imediatamente do transe que entrei e no mesmo instante comecei a me desculpar com ela. Estava morrendo de vergonha e medo. Exatamente, medo! Mas eu não estava com medo dela me bater ou algo assim, mas medo do tamanho da beleza daquela garota. Eu queria sair correndo e me esconder dela, não sei explicar o porquê disso, apenas sentia essa necessidade.

Ela começou a rir do nada e eu não estava entendendo o porquê mas o que importa? Seu sorriso é encantador e muito fofo, o mesmo pode ser dito de sua gargalhada, ela parece um bebê, então realmente não importava se eu entendi o porquê dela estar rindo mesmo depois de ter sido atropelada. Talvez ela só seja doida, mas uma doida muito bonita.

Resolvi me apresentar para a menina enquanto a ajudava a levantar, era o mínimo que eu poderia fazer naquele momento. Vi que ela havia machucado o pulso, então depois de analisar o machucado e pedir desculpas mil vezes sai arrastando ela para a enfermaria. Percebi que ela era bem teimosa pois ficou reclamando sem querer ir cuidar do seu machucado, mas eu não me importei e a arrastei, mesmo sem saber onde era a enfermaria.