Aos 22 anos, Helena tem tudo que alguém poderia desejar: reconhecimento digital, milhões de seguidores, influência. Mas isso tudo vinha de uma maneira superficial. Suas emoções verdadeiras estavam embotadas pelas cápsulas diárias que tomava, que a conectavam de forma direta a plataformas como FaceNet, VivaTube, e Twittix. Cada cápsula trazia uma sensação diferente – dopamina pura com as notificações do Twittix, endorfina com os vídeos virais no VivaTube e uma falsa sensação de pertencimento ao participar de discussões intensas no FaceNet.
Os médicos prescreviam essas cápsulas como se fossem a solução perfeita para todos os males: solidão, ansiedade, e até a própria necessidade de dormir. Mas em algum lugar, no fundo de sua mente, Helena sentia que algo estava terrivelmente errado.
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Cápsulas de conexão
Ficção GeralEm um futuro onde emoções são comprimidas em cápsulas digitais, Helena questiona a autenticidade das relações e da própria realidade. Entre pílulas que prometem felicidade instantânea e redes sociais que manipulam sentimentos, ela busca se libertar...