Helena acorda toda manhã com uma notificação piscando em sua mente. Desde que recebeu sua primeira cápsula, aos 13 anos, ela nunca mais soube o que era estar completamente sozinha. Seu primeiro pensamento do dia é sempre direcionado para as redes. Há anos, ela se acostumou a acessar os mundos coloridos e hiperativos de cada aplicativo que tomava conta de sua mente, sentindo o estímulo de likes e comentários como pequenas doses de felicidade.
O silêncio interior, que um dia ela conhecera, agora era um mito. Conversar com os amigos? Não havia necessidade, eles trocavam emoções e pensamentos através dos aplicativos que lia diretamente em sua mente. Em cada conversa digital, havia algo faltando, uma profundidade que não conseguia mais atingir.
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Cápsulas de conexão
Narrativa generaleEm um futuro onde emoções são comprimidas em cápsulas digitais, Helena questiona a autenticidade das relações e da própria realidade. Entre pílulas que prometem felicidade instantânea e redes sociais que manipulam sentimentos, ela busca se libertar...