Portrait Of An Angsty Teen

Divulgence

Calma. Fique calmo.

Hermione estava deitada de lado enquanto o Mestre enrolava os braços em volta dela como um torno enquanto dormia. Ela realmente sentia falta dele — agonizantemente. Ela teria gostado da suavidade repentina que ele lhe mostrou nas últimas horas, mas sua mente estava acelerada. Naquela noite, ela descobriu duas coisas. A primeira era o quão fácil era tirar uma vida.

Eu tirei a vida de alguém.

O Mestre disse que as Imperdoáveis ​​eram de um nível de habilidade mais alto, e depois que Hermione lançou o Imperius, ela achou ridículo o quão simples era. O feitiço de levitação era mais complexo de acertar. Quando o Imperius foi substituído por um Crucio, seu efeito sobre ela a fez se sentir intocável. A maneira como fez o Mestre se sentir também a afetou. Dolohov pensou que ela era fraca e queria usá-la, assim como todos os homens que frequentavam o Den desejavam usar as garotas presas.

Hermione levou um segundo para lembrar que Dolohov foi quem a atacou. Ela precisava saber que era ele, não a versão com Tom dentro, para que o feitiço funcionasse. Não aquele com quem Hermione estava passando tempo nas últimas semanas. Foi por isso que ela perguntou seu nome e suas intenções. E quando ela finalmente olhou para aqueles olhos cobalto, cobalto, não ônix, então a magia fluiu facilmente para fora dela.

Só quando a adrenalina dos feitiços passou é que ela percebeu o que o Mestre quis dizer. Ela se sentiu diferente, um pouco mais fria, embora seus braços ainda a segurassem com força. Sentiu como se um pedaço irregular dela tivesse se quebrado quando o clarão verde encontrou o coração de Dolohov. Talvez seja por isso que o Mestre tem a aparência que tem. Cada morte fisicamente tirou uma parte de você? Ele era muito bonito quando era mais jovem, impressionantemente bonito. O tipo de bonito que ela só viu uma vez. O que traz à tona a segunda coisa que ela descobriu. Ela ainda não sabe como, mas sabe que é verdade.

O mestre é Tom Riddle.

Tom Riddle é o Mestre.

Quando eles entraram pela primeira vez na memória da Mestra, ela ficou atordoada pelo fato de que era seu labirinto de sebes. Só quando viu seu eu mais jovem, arranhado e machucado, é que ela acreditou que era de fato uma memória.

Hermione ficou chocada com o quanto ele se parecia com Tom quando seu eu mais jovem apareceu na memória. Ela se lembrou de Tom dizendo que eles eram parentes, então ela não pensou muito nisso no começo. Ela achou espantoso que dois homens fossem tão bonitos, mas conforme ela se aproximava, ela tinha certeza de que ele era Tom.

A pinta na maçã do rosto direita, logo abaixo do olho, estava lá. Agora, poderia ser possível que eles tivessem a mesma marca no mesmo lugar, mas uma vez que a conexão foi feita, mais começaram a surgir.

O homem com o cabelo loiro claro e esvoaçante o chamou de Meu Senhor, o que não seria muito preocupante, mas a maneira como ele disse isso a fez lembrar de quando Dolohov viu o retrato de Tom e o chamou do mesmo jeito.

"Que tipo de magia é essa?" ele disse.

À medida que as conexões eram feitas, ela pensou na maneira como eles falavam e percebeu que às vezes eles diziam a mesma coisa na mesma cadência.

O último fator eram seus sentimentos por ambos. Ela sentia como se sua alma estivesse sendo dilacerada por ter emoções tão fortes por ambos. Sentia-se culpada até. Como alguém poderia ter tanta atração por duas pessoas? Hermione não conseguia dar nome aos seus sentimentos por eles.

Querer? Precisar? Luxúria? Amar?

Tom estava frio no começo, mas agora ela sabia que ele devia sentir algo pelo jeito como olhava para ela. O jeito como ele contava a ela sobre sua infância, mesmo que tenha sido tão terrível, e as coisas sutis que ele dizia com um sorriso deixavam seus pensamentos nebulosos.