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"Amor, como posso explicar que, mesmo quando a distância nos separa, cada batida do meu coração sussurra seu nome, como se ele fosse a única luz que ilumina minha escuridão?"

[...]

13 to 23

Por mais que namorar com o Taehyun tenha sido uma escolha minha, agora eu volto para casa já esperando o interrogatório sobre por que saí tão cedo. Talvez seja óbvio que eu fui naquele evento, mas ele não conhece você, ele voltou para essa cidade sem conhecer ninguém - e não é ligado ao mundo de estrelas. Ele voltou por mim, e essa é a única coisa que me faz ter alguma esperança nele. Porque, no fundo, ele continua o mesmo idiota, só me dá atenção quando quer transar. Por isso sempre preservei minha virgindade - não queria que ele fosse o primeiro. Queria que alguém que realmente me amasse tivesse esse papel. Mas você, Choi Soobin, me mostrou que eu não posso depender emocionalmente de uma estrela, esperando conhecê-la para então chorar por perdê-la.

Eu só tenho três palavras para você, Bin: eu te amo. Como nunca amei ninguém. Estou tão apegado a você que penso em te ligar todas as noites, mesmo sabendo que não deveria. Eu simplesmente não consigo evitar o desejo de ouvir sua voz mais uma vez. Além do mais, aquele desgraçado do Beomgyu pode estar ao seu lado novamente. Deveria ser eu, mas vocês não passam de dois safados, e eu tenho certeza que quando a noite chegar, você vai estar transando com ele.

E eu? Estarei deitado ao lado de um cara que só se importa com o meu corpo. Percebi que ele não mudou quando teve a audácia de me dizer que beijou aquele infeliz do Kai. Ele nem ao menos se importa com o que eu sinto. Mas o que posso fazer? É o que me resta para preencher o vazio que você deixou em mim.

∘∘∘∘∘

Ao entrar em casa, fui recebido pelo cheiro forte de cigarro que impregnava a porta. Taehyun sempre teve esse vício, mas eu não era muito diferente. Na adolescência, costumávamos fumar escondidos atrás da escola. Foi naquele mesmo dia que trocamos nosso primeiro beijo.

Flashback on:

Eu tinha acabado de me mudar para a nova escola e estava no nono ano. Ainda era só um garoto que mal tinha deixado as fraldas - como os adultos costumavam dizer. Mas eu não era apenas mais um naquela escola; eu era o garoto. Desde o primeiro momento, me tornei uma presença constante na sala do diretor. Nunca fui do tipo quieto.

Foi durante um dos recreios que eu o vi pela primeira vez: um garoto introvertido, totalmente o oposto de mim, que parecia ser um ano mais novo. Havia algo nele que me chamou a atenção, então decidi me aproximar. Ele parecia legal — e era. Inteligente, não passava cola para ninguém e mantinha um ar de mistério que me intrigava. Eu sempre soube sobre minha sexualidade e que me apaixonaria rápido. Com ele, não foi diferente.

Mas ser gay em uma escola onde a maioria das pessoas, incluindo os próprios professores, eram homofóbicos, tornou tudo sufocante. Aquela atração, tão intensa e inocente, precisava ser cuidadosamente escondida.

Algumas semanas se passaram, e eu consegui me aproximar dele. Foi então que descobri seu hábito de ir fumar atrás da escola. Fiquei surpreso ao vê-lo fazendo isso, mesmo já sabendo de muitas coisas que, teoricamente, uma criança não deveria saber. Até aquele momento, eu nunca tinha me arriscado a fazer algo assim, e vê-lo ali, tão despreocupado, me parecia incrível. Na minha cabeça, ele era o cara mais fodão da escola — pelo menos até eu descobrir o grupinho do narguilé.

Obsession [Yeonbin+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora