Um motivo para viver

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Um motivo pra viver – capítulo cinco.

Ryoko Baji quase nunca parava em casa, seus plantões no hospital central eram exaustivos e tomavam praticamente todo seu tempo. Ela tinha duas folgas no mês.

E hoje era dia folga.

Ela não perdeu tempo e ligou para seu filho o chamando pra ir almoçar na sua casa.

Desde que Baji saiu de casa a três anos, Ryoko se sente solitária no pouco tempo que passa em casa, por isso sempre na suas folgas ela liga pro filho e o chama pra almoçar ou passar algum tempo juntos.

De manhã Ryoko resolveu ir na rua comprar algumas coisas que faltavam, e algumas coisas para fazer um almoço especial então ela acabou batendo mais perna na rua do que planejou.

E como uma coisa leva a outra ela resolver passar no shopping e comprar uma blusinha, um mimo para si mesma. Apesar de Ryoko ser uma mulher madura, mãe de um adulto ela não gostava de se vestir como as outras mães de um jeito careta. Ela usava roupa mais justas e ousadas, não era sempre mais sempre haveria uma ocasião onde a veriam de calça de couro ultra justa e uma mini blusa.

Keisuke não gostava muito, mais Ryoko além de sua mãe era uma mulher adulta e independente, ela usaria o que quisesse seu filho gostasse ou não.

Enquanto andava no shopping viu  Keiko Hanemiya, Mãe de Kazutora.

Depois da morte de Kazutora, Ryoko procurou Keiko para mostrar suas condolências e oferecer apoio. Ela teve a infelicidade de conhecer o ex marido da mulher, e assim que viu o jeito grosseiro do homem, Ryoko entendeu oque a mulher sofria em sua casa.

As duas se aproximaram muito, se tornaram muito amigas e Ryoko não só deu apoio a Keiko como também a ajudou a se divorciar do traste.

Devido ao trabalho puxado de Ryoko, já fazia algumas semanas que não via Keiko, mesmo que mantivessem contato.

Caminhou em direção da mulher que estava em frente de uma loja de brinquedos, ao seu lado tinha um menino que pulava animado enquanto a mulher ria.

_Keiko? _Viu a mulher virar a cabeça pra si com um olhar surpreso

_Ryoko querida! _Abriu um sorriso indo abraçar a mulher, Ryoko sorriu retribuindo _Como está?

_Estou bem, aproveitando meu dia de folga.. _Sorriu sem tirar os olhos do menino que agora encarava a mulher de volta _Quem é esse lindinho? _sorriu pro menino que de escondeu atrás de Keiko envergonhado

Keiko sorriu nervosamente, ela olhou para todos os lados buscando alguma resposta plausível. Ryoko era uma mulher inteligente, teria que ser uma mentira bem contada para engana-la.

_Vovó vamos logo! _Kai começou a puxar sua calça em direção a loja de brinquedo

Keiko arregalou os olhos olhando do neto para Ryoko que também tinha os olhos arregalados.

Puta merda!

_Vovó?! _Ryoko encara a amiga boquiaberta, Keiko começa a suar de nervoso

_E-eu posso explicar! _Diz sem realmente poder explicar, porque não existia mentira no mundo que a tirasse dessa

Kai continuava puxando a roupa da sua vó nem aí pro clima tendo entre as duas mulheres, Keiko segura a mão do neto e entra com ele na loja de brinquedos sendo seguido por Ryoko. A mulher não iria embora sem respostas.

Keiko chamou uma atendente e disse a mulher que separasse tudo que o garoto quisesse, depois a chamasse para pagar. Kai foi junto da atendente atrás dos seus novos brinquedos enquanto Keiko e Ryoko foram para um canto mais calmo da loja.

_Que história é essa de neto Keiko? Oque está acontecendo? _Ryoko pergunta surpresa

Keiko joga os cabelos curtos para trás nervosamente, ela não sabia o que dizer. Ela confiava em Ryoko, mas contar seu filho estava vivo depois de vê com seus próprios olhos Baji sofrer nos braços da mãe de saudades, seria difícil. Ainda tinha Kai, meu deus que situação complicada!

_Estou esperando.. _Ryoko estava de braços cruzados batendo o pé no chão freneticamente

_Eu quero te explicar mais é muito complicado! É quase louco.. _Keiko fala balançando as mãos agitadamente

Ryoko suspirou cruzando os braços _Então vamos almoçar e você me explica!

Keiko nega _Eu tenho um compromisso agora a tarde _Diz vendo a atendente acenar para si _Olha eu prometo marcar um dia para te explicar tudo, mas hoje realmente não dá! Nos vemos! _Deu as costas para a mulher e foi até o caixa

No caixa Kai pulava encarando uma montanha de brinquedos que a atendente colocava nos bolsas, Keiko suspirou e pegou seu cartão já passando. Kazutora não iria gostar de saber que ela comprou isso tudo para seu filho, mas ele a perdoaria se soubesse a situação que ela tinha se metido.

Depois de pegar todas aquelas bolsas com ajuda de duas atendentes da loja, Keiko levou tudo para o seu carro no estacionamento e depois foi correndo pra casa, ainda tinha que almoçar com Kazutora.

Ryoko saiu do shopping atordoada e com a mente a mil. Tantas possíveis explicações passavam para sua mente e nenhuma parecia plausível suficiente.

Ela voltou para casa e deixou isso de lado por hora e foi fazer o almoço pois Baji estaria chegando com um enorme apetite.

Assim que terminou de tirar a travessa do forno escutou a campainha tocar, sorriu indo abrir.

_Na hora! _Diz abraçando seu filho

Keisuke riu _Eu não me atrasaria pra comer sua comida mãe! _Fala passando pela mulher que riu

Logo atrás de Baji vinha um ômega baixinho e loiro, Ryoko sorriu abraçando-o _Chifuyu meu bem, como está?

_Bem senhora Ryoko! _sorriu doce

Ryoko o acompanhou até o sofá e se sentaram no mesmo enquanto Baji voltava da cozinha com um copo de água para o loiro.

_E como vai minha neta? _Pergunta Ryoko passando a mão pela barriga enorme de Chifuyu

_Chutando bastante! _suspira cansado, Ryoko sorri

_Tem tomado as vitaminas certinho? _Chifuyu assente _Espero que esse aí não esteja te dando trabalho, você precisa descansar!

_Eu tô cuidando muito bem do meu ômega tá? _Baji diz se sentando na poltrona de frente para eles

_Acho bom mesmo! _Ryoko diz fazendo Baji revirar os olhos _Bom vamos almoçar?

Ryoko e Keisuke ajudam Chifuyu a levantar do sofá o que gera uma onda de reclamações do loiro de como tava obeso, os dois alfas apenas riram e discordaram do ômega.

Eles tiveram um almoço bem agradável, tanto que resolveram estender o tempo pelo resto da tarde. Só quando já era noite que Baji e Chifuyu foram embora, e então Ryoko voltou a pensar no menino que estava com Keiko. Só de pensar naquele menino um estranho arrepio subia por sua espinha.

Preciso saber quem era aquele menino.

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Não achei o verdadeiro nome da mãe do Kazutora então coloquei esse.