𝗉𝗋𝗈𝗅𝗈𝗀𝗎𝖾

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OS CORREDORES FRIOS DO HOSPITAL pareciam infinitos, com luzes fluorescentes que piscavam suavemente, como se hesitassem em funcionar

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OS CORREDORES FRIOS DO HOSPITAL pareciam infinitos, com luzes fluorescentes que piscavam suavemente, como se hesitassem em funcionar.

Cada passo ecoava pelo chão de azulejos, e o som abafado dos sapatos de Soo Min misturava-se ao distante sussurro de vozes e monitores cardíacos. Ela já conhecia aquele caminho de cor, mas a familiaridade não tornava a caminhada menos pesada. Sempre que cruzava as portas de vidro fosco, sentia um aperto no peito. Era como se o ar ali fosse diferente, mais denso, carregado de lembranças que ela preferia esquecer.

Ao entrar no quarto, ela parou por um instante, observando a figura adormecida na cama. As máquinas ao lado da maca emitiam sons rítmicos e constantes, uma lembrança de que a vida ainda se agarrava àquela pessoa, mesmo que de maneira frágil.

Aproximando-se, Soo sentiu um tremor leve nas mãos antes de se forçar a estender uma delas, tocando a pele fria e pálida.

— Você está diferente hoje. — Sussurrou ela, um sorriso forçado nos lábios. Era um esforço inútil, já que a única resposta que recebia era o mesmo silêncio de sempre. Mas era mais fácil fingir que falava com alguém que estava apenas adormecido, do que admitir a verdade dolorosa que assombrava seus dias.

Ela se sentou na cadeira ao lado, e a melancolia a envolveu como um manto pesado.

— Sabe. — Começou, sua voz quase quebrando. — Entrar aqui é sempre tão difícil. Parece que a cada vez, eu fico um pouco mais fraca. — Sua mão apertou levemente os dedos da pessoa na cama, sentindo a pele fria sob o toque. — Eu queria que as coisas tivessem sido diferentes... Que eu pudesse voltar no tempo e...

Ela parou, os olhos se enchendo de lágrimas que não deixava cair.

Não ali.

O quarto estava quieto, exceto pelo som dos monitores, e Soo Min sabia que não haveria resposta, nem consolo. Tudo o que tinha era aquela sensação sufocante de culpa e solidão que sempre a acompanhava.

Levantando-se com dificuldade, ela suspirou profundamente, o olhar pesado, como se carregasse o peso de anos.

Um barulho suave rompeu o silêncio fazendo-a parar. Era o som de uma mensagem recebida no celular, ecoando pelo quarto escuro. Soo Min retirou o aparelho do bolso, hesitando por um instante antes de olhar para a tela.
As palavras brilhavam como facas: "Você tem até amanhã."

Não havia remetente. Nenhum nome. Apenas a ameaça, fria e impessoal.

Mas ela sabia quem era.

Seu coração disparou, batendo tão forte que parecia querer escapar do peito. Por um momento, sentiu como se o chão estivesse cedendo sob seus pés.

Olhou para a figura adormecida na cama, buscando algum tipo de explicação nos contornos imóveis do rosto pálido. Mas nada ali fazia sentido. Uma onda de pânico subiu por sua garganta, e ela precisou engolir em seco para não deixar escapar uma exclamação.

Lutando para se mover, finalmente conseguiu sair do quarto, forçando os músculos a obedecerem. Quando chegou à porta, lançou um último olhar para o corpo adormecido.

— Até mês que vem. — Soo Min murmurou, apertando os lábios antes de se virar para sair do quarto.

Seu coração apertado com a promessa silenciosa de que voltaria a enfrentar aquele mesmo caminho sombrio, mês após mês, até que pudessem se reencontrar novamente.

Seu coração apertado com a promessa silenciosa de que voltaria a enfrentar aquele mesmo caminho sombrio, mês após mês, até que pudessem se reencontrar novamente

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𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐒𝐌𝐈𝐋𝐄, 𝗍𝗈𝗆𝗈𝗋𝗋𝗈𝗐Onde histórias criam vida. Descubra agora