𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝗈𝗇𝖾

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A CIDADE PARECIA TRANQUILA, e a brisa noturna soprava suavemente

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A CIDADE PARECIA TRANQUILA, e a brisa noturna soprava suavemente. No silêncio quase absoluto, o som dos saltos da mulher e dos meus tênis ecoava pela escuridão. Nossos passos eram lentos, e enquanto a Sra. Koo caminhava com confiança pelo ambiente sombrio, eu mantinha os olhos grudados na tela do celular, verificando a localização e os níveis de energia negativa.

— Encontramos. — Declarou a rosada, a voz firme cortando o ar.

Levantei o olhar, fastando-o do aparelho, e vi uma van estacionada bem no centro do local. Estávamos sob uma ponte, e o cheiro pungente de esgoto enchia o ar, tornando difícil ignorar o desconforto crescente.

— Ainda bem. — A voz soou através do alto-falante da van. - Fui até a equipe técnica e consegui ajuda. Vocês chegaram na hora certa; se tivessem demorado mais um pouco, poderia ter sido tarde demais.

— Eles se prepararam bem. — Comentei, observando os equipamentos espalhados ao redor da van.

— Como se conheceram? — A Sra. Koo perguntou.

— Por um agente. Eles agem na internet, prometendo um método indolor e infalível, aliciando pessoas... Acho que os ensinaram a cometer suicídio usando o gás do escapamento. — Explicou Lim, e senti um arrepio de incredulidade.

— Fala sério. — Murmurei, sem disfarçar o desagrado, enquanto escutava a Sra. Koo suspirar ao meu lado.

— Tenham cuidado. — Disse o Lim, surpreendendo-me. Não esperava essa preocupação, especialmente com a relação que tínhamos, e o fato de ele nunca ter sido muito próximo de Ryeon.

— Que fofo, não precisa se preocupar. — Brinquei, a voz carregada de sarcasmo.

O silêncio do outro lado durou alguns segundos, mas eu podia imaginar Lim revirando os olhos.

— Não é isso... Quero dizer, cuidem bem deles. — Desconversou, arrancando uma risada minha.

Chegano ao carro, a Sra. Koo puxou o cano que conectava ao escapamento, e eu abri a porta do motorista, permitindo que o ar começasse a circular para fora. Logo, os sons de tosses fracas se espalharam pelo interior do veículo.

Ela se sentou no banco do passageiro e fez sinal para que eu dirigisse. Sorrindo, entrei e fechei a porta.

— Melhor colocar o cinto. — Sugeri. Ela manteve a expressão séria, mas obedeceu, enquanto eu acelerava.

Mal se viam os prédios conforme corria pelas ruas, ultrapassando carros e fazendo curvas acentuadas. Os passageiros nos bancos de trás começavam a recobrar a consciência, as vozes soando confusas e desesperadas.

— O que está acontecendo? — Uma delas perguntou, a voz trêmula.

Lancei um olhar rápido para a Sra. Koo, que me deu uma confirmação silenciosa. Acelerei ainda mais, a adrenalina pulsando nas veias, e ignorei os gritos de desespero.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐒𝐌𝐈𝐋𝐄, 𝗍𝗈𝗆𝗈𝗋𝗋𝗈𝗐Onde histórias criam vida. Descubra agora