cursed night

61 6 0
                                    

Autora's version

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Autora's version

Eram exatamente 01:03 do dia 13 de novembro. Para algumas pessoas, talvez fosse uma data especial, romântica, ou apenas um dia comum, mas alegre. Porém, para Malina, era um dia amaldiçoado. Era o dia do seu aniversário e, por ironia do destino, também marcava cinco anos desde a morte de sua mãe. A dor desse dia sempre a levava a se embriagar até esquecer até mesmo seu nome, mas, inexplicavelmente, naquele ano, decidiu que não se deixaria levar pela escuridão. Em vez disso, deitou-se na cama e permitiu que o sono a envolvesse.

No silêncio da madrugada, Malina foi despertada pelo som insistente de uma ligação ecoando em seu quarto. O número era desconhecido e seu coração disparou. As mãos trêmulas levaram o celular até os ouvidos enquanto ela tentava acalmar a mente confusa. Assim que atendeu, uma voz familiar e distante soou do outro lado da linha, fazendo seu coração bater ainda mais rápido.

A ligação vinha de seu pai. Malina sentiu os olhos se encherem de lágrimas ao perceber quanto tempo havia passado desde a última vez que se falaram. Seu coração, por um momento, sorriu.

Desde a morte de sua mãe, ela havia decidido se afastar de tudo que o pai representava. Ele nunca foi verdadeiramente presente em sua vida; sempre esteve mais envolvido em suas próprias obrigações do que em ser um pai carinhoso. O que Malina conhecia dele eram presentes materiais, coisas que preenchiam o espaço, mas não a alma. Assim, cresceu rodeada de riquezas e confortos, mas com um psicológico completamente abalado. A solidão era sua única companheira, e o vazio dentro dela parecia maior do que qualquer fortuna.

Agora, com o celular em mãos e a voz familiar ecoando em sua mente, Malina hesitou. O passado estava batendo à porta novamente, e ela não sabia se estava pronta para abrir.

Malina acabou cedendo e respondeu ao pai, a voz trêmula, mas decidida. "Oi..." A palavra escapuliu de seus lábios como um sussurro, carregada de emoções que ela tentou esconder. O silêncio do outro lado da linha parecia interminável, e cada segundo que passava fazia seu coração acelerar.

"Malina," ele finalmente disse, e a forma como pronunciou seu nome trouxe à tona uma mistura de lembranças — momentos bons e ruins, risos e lágrimas. "Eu sei que está tarde, mas precisamos conversar."

Aquelas palavras eram um eco distante do homem que ela conhecia. Malina lutou contra o impulso de desligar, mas algo dentro dela queria saber mais. "Por que você está me ligando agora?" Sua voz soou mais dura do que pretendia.

"Eu encontrei os homens que mataram sua mãe, Malina! Essa é sua chance de se vingar, você só precisa aceitar meu convite, e nossa chance Malina, eu sinto."

Malina fechou os olhos, sentindo o peso das palavras dele. A mesma ansiava por se vingar da morte de sua mãe, porém, a garota havia prometido a si mesma que não voltaria a se envolver com máfia alguma, e sabia que ela e o pai fossem se vingar, haveria muitas mortes, o que Malina não dava a mínima, por ter crescido em um lar com mortes, violência, drogas, bebidas, entre milhares de outras coisas.

𝐷𝑎𝑛𝑐𝑖𝑛𝑔 𝑤𝑖𝑡ℎ 𝑡ℎ𝑒 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑙 - 𝒁𝒖𝒍𝒆𝒎𝒂 𝒁𝒂𝒉𝒊𝒓Where stories live. Discover now