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Ser apenas a dama de companhia da princesa matava Circe aos poucos. Ela lembrava da primeira vez que tinha avistado tamanha beleza: os cabelos ruivos e os vestidos coloridos que tanto chamavam atenção. Nunca foi dos planos de Circe amar uma mulher, mas ela sabia esconder bem.
Sempre fez de tudo para proteger Odette como podia, mas agora não podia fazer nada com a garota presa no quarto. A rainha havia dado ordens claras para Circe e Dayonis: as duas não podiam entrar nos aposentos da princesa até que tudo estivesse resolvido.
Circe andava em círculos pelo quarto que dividia com Dayonis, ainda sem aceitar que a princesa ficaria trancada pelos próximos dias.
— Vai fazer um buraco no chão se continuar andando desse jeito — disse a loira, fechando o livro que tentava ler.
Rapidamente, Circe parou de andar e foi até a cama, sentando-se na ponta, ainda pensativa.
— Eu só não consigo aceitar, juramos proteger Odette de tudo, eu queria protegê-la de um casamento forçado também — ela suspirou. — Nossa princesa ama Aemond, e apenas ele.
— Se houvesse algo que pudéssemos fazer, já teríamos feito — a voz de Dayonis era calma, tentando acalmar a amiga. — Eu sei que você a ama, você nunca me escondeu isso, mas precisa ter controle e não surtar.
Circe ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse pensando em algo. Seus pensamentos sempre voltavam para Odette, não importava a circunstância.
— Talvez Aemond tenha algum plano — Dayonis comentou. — Eu vejo o jeito que os dois se olham, o olhar do príncipe para ela é, sem dúvida, amor, ele deve ter alguma ideia do que fazer.
— Eu só queria poder vê-la agora e abraçá-la.
— Eu sei, eu também — a loira respondeu com uma voz cheia de empatia.
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Quando Odessa foi chamada aos aposentos da rainha viúva, sabia que não era para uma boa notícia. Alicent era imprevisível, embora aparentasse ser uma mulher forte, com boas respostas e argumentos, no fundo, era apenas uma mulher fraca e incapaz de sustentar as próprias opiniões.
