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Logo após o fim da coroação e o retorno da família real ao castelo, Aemond decidiu acompanhar Odette até seus aposentos. A garota já tinha passado por muitas coisas em pouco tempo, e, embora ele não a considerasse frágil, sabia que ela não era uma guerreira.
Quando chegaram ao quarto dela e os guardas abriram a porta, Odette correu para sentar na cama antes que suas pernas, ainda trêmulas pelos acontecimentos, a traíssem. Ela mal podia acreditar que Rhaelyn estava em Porto Real.
— Você vai ficar bem logo, só precisa descansar — disse Aemond com uma voz calma.
— Eu odeio este vestido — respondeu Odette, começando a chorar. Odiar o vestido preto que usava era apenas uma das muitas razões para suas lágrimas.
Aemond imediatamente se aproximou, ajudando-a a se levantar da cama antes de abraçá-la com força. Ele levou as mãos aos cabelos ruivos e macios dela, tentando acalmá-la.
— Ei, está tudo bem, minha flor.
Odette se agarrou ao irmão, sem se importar agora com as palavras de Odessa e Susannah. Tudo o que queria era conforto.
— Quer que eu te ajude a tirar o vestido? — Aemond perguntou, afastando-se levemente para limpar algumas lágrimas do rosto dela.
A princesa apenas assentiu e sentiu Aemond girá-la de costas. Com delicadeza, ele desfez o pequeno laço na cintura que mantinha o vestido no lugar, deixando-o cair ao chão, revelando a camisola que Odette vestia. Ele também soltou os grampos que prendiam o cabelo dela.
Os olhos de Aemond pousaram no corpo de Odette, mas ele não tinha nenhuma outra intenção além de estar perto dela e ajudá-la com tudo o que fosse possível.
— Melhor?
— Bem melhor. Eu odeio preto, e era apertado demais.
— Eu sei. Gosto dos seus vestidos — disse o príncipe, fazendo um leve carinho na cintura dela. — Neste castelo, só vejo verde, preto e um monte de cores sem graça. Gosto dos vestidos coloridos.
Odette se virou para encarar os olhos de Aemond, limpando os restos de lágrimas de seus olhos e soltando um suspiro dos lábios.
