The Originals-Do i wanna know.

Capítulo 04: Revelações à Luz da Lua

A noite estava silenciosa, mas no interior da casa onde Addison escondia Alison, a tensão crescia. Alison sentia algo diferente no ar – uma presença poderosa, familiar, mas ao mesmo tempo estranha. Ela olhava para fora da janela, onde, nas sombras, estava Klaus Mikaelson, observando-a com olhos penetrantes, como se estivesse prestes a desvendar o segredo mais bem guardado de sua vida.

Addison, que até então estava distraída, subitamente sentiu a energia intensa vinda de fora. Seu coração disparou. Ela sabia que Klaus estava perto, e sabia que ele não poderia descobrir sobre Alison... ainda não. Respirando fundo, ela correu até o quarto de sua filha, encontrando Alison já em pé, com seus olhos verdes brilhando de curiosidade e desafio.

“Alison, querida, o que você está fazendo acordada?” Addison perguntou, tentando manter a calma, mas seu nervosismo era evidente.

Alison, com sua expressão inabalável e olhos curiosos, apontou para a janela. “Tem um homem lá fora, mamãe. Eu sinto que ele é... importante.”

O estômago de Addison revirou. Ela se aproximou da filha, colocando as mãos nos ombros pequenos e finos de Alison. “Você precisa confiar em mim, Alison. Vá para o seu quarto e não saia até eu voltar. Não importa o que aconteça, você fica aqui.”

Alison franziu a testa, cruzando os braços. “É sobre o meu pai, não é? Eu sei que tem a ver com ele.”

Addison hesitou por um segundo. A determinação nos olhos de sua filha era inegável, e, por um breve momento, Addison viu um reflexo da obstinação de Klaus nos olhos verdes de Alison. Com um suspiro pesado, ela decidiu que, por enquanto, seria melhor não dizer nada.

“Só faça o que eu pedi, está bem? Prometa,” Addison disse, sua voz firme, mas com uma ponta de carinho.

Alison não respondeu imediatamente. Mas depois de alguns segundos, assentiu com a cabeça e se retirou para o quarto, seus passos leves e silenciosos. Addison observou a menina desaparecer pela porta antes de se voltar para a janela. Sabia que tinha que enfrentar Klaus – e sabia que aquele confronto mudaria tudo.

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Do lado de fora, Klaus permanecia nas sombras, observando com atenção cada detalhe daquela casa. Algo naquela presença o chamava, e ele não sabia exatamente o porquê. Uma sensação familiar, mas ao mesmo tempo distante. A noite estava carregada de expectativa.

Quando  Addison apareceu à porta, a expressão de Klaus mudou. Ele deu um passo à frente, deixando que a luz fraca da lua iluminasse seu rosto. Addison o encarou de volta, seu rosto sério, mas sem perder a compostura.

“Klaus,” ela disse com a voz firme, mesmo sabendo o quanto ele podia ler nas entrelinhas.

“Addison,” Klaus respondeu, sua voz calma, mas carregada de uma curiosidade incontrolável. Ele deu mais alguns passos até ficar a poucos metros dela. “O que está acontecendo aqui? Por que está se escondendo de mim?”

Addison cruzou os braços, tentando manter a fachada. “Eu não estou me escondendo, Klaus. Estou apenas... protegendo algo.”

Klaus arqueou uma sobrancelha, seu olhar se intensificando. “Proteger algo de mim? Acha que sou uma ameaça?” Ele deu um sorriso irônico, mas seus olhos brilhavam de impaciência. “Eu sei que você está escondendo algo, Addison. E não vou parar até descobrir o que é.”

Addison respirou fundo, tentando ganhar tempo. Sabia que Klaus estava perto demais da verdade, e qualquer passo em falso poderia colocar Alison em perigo – não de Klaus, mas do mundo sombrio em que ele vivia. “Você não entenderia.”

Klaus deu mais um passo, agora mais perto do que nunca. Ele inclinou a cabeça levemente, seu olhar analisando cada expressão de Addison. “Por que não tenta? Eu nunca soube que você era tão... evasiva.” Ele olhou diretamente nos olhos dela, seu tom ficando mais sério. “O que você está escondendo de mim, Addison?”

Ela sentiu a pressão se intensificar. Sabia que não poderia mentir para Klaus – ele sempre soube ler suas emoções. Mas, antes que pudesse pensar em uma resposta, um som leve veio de dentro da casa. O som suave de passos pequenos, e uma voz infantil, mas determinada, que ecoou pelo corredor.

“Mamãe?” Alison apareceu na porta, com seus grandes olhos castanhos, que cintilavam com curiosidade. “Quem é esse homem?”

Addison congelou, seu coração batendo acelerado. Esse era o momento que ela mais temia. Klaus, por sua vez, sentiu o mundo parar por um instante. Ele olhou para a pequena garota com cabelos roxos e, por um segundo, ficou sem reação.

Os olhos de Klaus passaram de Addison para Alison, absorvendo cada detalhe. Ele podia sentir algo dentro de si, uma conexão inexplicável, e sua expressão de surpresa logo se transformou em uma mistura de choque e compreensão. “Quem... é ela?” Klaus perguntou, mas sua voz estava carregada de um reconhecimento que ele não conseguia explicar.

Addison fechou os olhos por um breve segundo, antes de encarar Klaus de volta. Ela sabia que não poderia esconder mais a verdade. “Klaus, essa é Alison. Sua filha.”

O impacto das palavras foi imediato. Klaus ficou em silêncio, absorvendo o que acabara de ouvir. Uma filha? Ele olhou para Alison, que o encarava com curiosidade, sem saber o peso que aquela revelação carregava.

Klaus deu um passo para trás, o olhar fixo em Alison. “Minha... filha?” Ele sussurrou, sua voz incrédula. “Por que você... por que você escondeu isso de mim, Addison?”

Addison mordeu o lábio, sabendo que aquela era a pergunta mais difícil de responder. “Eu... estava com medo, Klaus. Medo de como o mundo em que você vive a afetaria. Medo do que você faria para protegê-la... ou para controlá-la.”

Klaus, ainda processando a revelação, olhou novamente para Alison, e algo mudou dentro dele. Uma sensação de responsabilidade, misturada com confusão e uma pitada de culpa. Ele não sabia o que pensar, mas uma coisa era certa: agora que sabia da existência de Alison, ele jamais a abandonaria.

Alison, por outro lado, apenas observava tudo, sentindo o peso da revelação, mas sem entender completamente o que isso significava. Seus olhos castanhos brilharam, e, por um momento, o verde intenso surgiu, como uma faísca de poder contido.

Klaus notou o brilho nos olhos dela e sorriu, embora ainda estivesse processando a situação. “Ela tem o meu temperamento,” ele murmurou, quase para si mesmo, antes de olhar para Addison. “Nós vamos conversar sobre isso. Tudo. Mas não agora.”

Addison assentiu lentamente, sabendo que aquela era apenas a primeira de muitas conversas difíceis que viriam. Agora, com Klaus ciente da existência de Alison, as coisas em Nova Orleans estavam prestes a mudar drasticamente.