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- Não pode ser possível - murmurei, esfregando o rosto em frustração. - Alguém está encobrindo muito bem seus rastros.

O tempo estava passando, e a pressão aumentava a cada segundo. Se não encontrássemos uma pista logo, o próximo ataque poderia ser ainda mais devastador, e Kate continuava em perigo.

Kylie continuava girando na cadeira, claramente frustrador também. - Já olhamos tudo. As filmagens, os registros de visitantes, até os funcionários. Quem quer que tenha feito isso, conhece o hospital muito bem.

Levantei-me e comecei a andar de um lado para o outro. A ideia de que alguém estava jogando com a gente, sempre um passo à frente, me deixava inquieta.

- Talvez estamos olhando para o lugar errado - sugeri, parando de repente. - E se não for sobre quem entrou ou saiu do hospital naquele dia, mas sim sobre quem já estava lá? Funcionários que têm acesso total, mas que não chamariam a atenção?

Kylie parou de girar e me encarou, considerando minha ideia. - Você acha que pode ser alguém de dentro? Tipo, um médico, enfermeiro?

- Faz sentido - respondi, me aproximando novamente da mesa. - Alguém que poderia circular livremente, ter acesso às câmeras, e até mesmo saber os horários exatos para adulterar as filmagens e entrar no quarto de Jack sem ser visto.

Kylie assentiu, seu semblante ficando mais sério. - Então vamos focar em quem estava de plantão naquele dia. Enfermeiros, médicos, até o pessoal da limpeza. Alguém tem que estar envolvido.

Começamos a acessar a lista de funcionários que estavam de plantão no dia da morte de Jack. A tela mostrava uma lista extensa, mas agora estávamos focando em uma direção mais clara.

- Aqui - Kylie apontou para um nome na lista. - Essa funcionária , Barker , estava de plantão no dia. Ela tem acesso às áreas restritas,mas ela é apenas a faxineira e algo estranho: ela pediu folga no dia seguinte ao assassinato de Jack.

Franzi o cenho. -Barker... já ouvi esse nome antes.

Kylie olhou para mim, intrigada. - Onde?

- Não sei, mas tenho certeza de que esse nome me é familiar - respondi, tentando me lembrar. - Vamos ver se conseguimos mais informações sobre ela. Algo não está certo.

Enquanto fazíamos uma busca sobre  Barker ,meu telefone vibrou novamente. Era outra mensagem do número desconhecido. Quando abri, mais uma vez, um vídeo começou a rodar. Dessa vez, era uma gravação interna de um dos corredores do hospital, mostrando claramente a Barker conversando com alguém de forma suspeita. A conversa parecia tensa, mas o áudio estava distorcido demais para ouvir o que diziam.

- Isso só confirma nossas suspeitas - disse Kylie, olhando para o vídeo. - Alguém está nos enviando essas gravações. Mas quem?

- Talvez seja alguém de dentro que quer nos ajudar sem se comprometer - sugeri. - Ou talvez seja uma armadilha. Não sabemos de quem podemos confiar.

Kylie assentiu, mas sua expressão mostrava que também estava confusa e exausta. - Precisamos falar com William sobre isso. E rápido.

KATE MIDDLETON E S/N Onde histórias criam vida. Descubra agora