Capítulo 3: A Reunião dos Aliados

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A Floresta Proibida era um labirinto de árvores majestosas e vegetação densa, mas para Rafael, Clara e Sofia, ela também representava uma nova esperança. Após a fuga, eles se reuniram em um novo esconderijo, um pequeno espaço entre as raízes de uma árvore gigantesca, onde a luz filtrava-se de maneira suave, criando uma atmosfera de proteção.

“Precisamos de aliados,” disse Rafael, quebrando o silêncio tenso. “Não podemos fazer isso sozinhos.”

“Você acha que outros como nós ainda estão por aqui?” perguntou Clara, seu olhar se perdendo entre as sombras.

“Há rumores de que existem mais híbridos na região. Alguns até dizem que um grupo se esconde nas montanhas ao norte,” respondeu Sofia, tentando recordar o que ouvira. “Mas nunca estive lá. É perigoso.”

“Se conseguirmos encontrá-los, teremos mais chances de lutar,” insistiu Rafael, sua determinação evidente. “E se eles puderem nos ajudar a entender melhor as intenções dos caçadores, será ainda melhor.”

Clara olhou para os amigos, avaliando a situação. “Podemos usar nossas habilidades. Sofia, você pode conversar com os animais para obter informações. Eu posso me infiltrar nas sombras para explorar a floresta e descobrir mais sobre esses grupos.”

“E eu posso criar distrações se precisarmos escapar,” completou Rafael, sentindo a adrenalina percorrer seu corpo. “Então, vamos dividir nossas tarefas e nos reunir aqui à noite?”

O grupo concordou, e cada um tomou seu caminho. Clara se deslizou entre as sombras, enquanto Sofia sussurrava para os pássaros e pequenos mamíferos da floresta, buscando qualquer informação útil. Rafael, por sua vez, procurou um local seguro onde pudesse criar pequenas chamas e sinalizar caso encontrasse algo importante.

Enquanto o dia se transformava em noite, Clara descobriu um pequeno grupo de coelhos que parecia saber mais do que deixava transparecer. “Vocês viram outros híbridos por aqui?” ela perguntou, usando seu poder para se camuflar entre as sombras.

“Sim,” disse um dos coelhos, com um olhar curioso. “Mas estão escondidos. Os caçadores têm estado por perto, e eles têm medo.”

“Podem nos ajudar a encontrá-los?” perguntou Clara, sua voz urgente.

“Podemos levá-la até eles, mas tenha cuidado,” respondeu o coelho, seus olhos brilhando na escuridão.

Enquanto isso, Sofia se aproximou de um grupo de pássaros. “Estamos procurando por outros híbridos. Vocês conhecem algum lugar seguro onde possam estar?”

Os pássaros trocaram olhares e, depois de um momento de silêncio, um deles respondeu: “Há um ninho nas rochas ao norte. Eles se reúnem lá à noite. Mas cuidado, os caçadores podem estar à espreita.”

Com essas informações, Clara e Sofia se reuniram novamente com Rafael, que estava ansioso para ouvir o que haviam descoberto.

“Temos uma pista!” exclamou Clara, explicando sobre os coelhos. “Eles podem nos guiar até um grupo de híbridos.”

Sofia, também animada, acrescentou: “E os pássaros disseram que eles se reúnem em um ninho nas rochas ao norte. Precisamos ir até lá.”

“Então, não podemos perder tempo,” disse Rafael, sua voz firme. “Vamos juntos. Precisamos ser rápidos e cuidadosos.”

Com as direções claras, o trio se preparou para a nova jornada. Sob a luz da lua, eles se moveram pelas sombras da floresta, guiados pelos coelhos. O caminho era sinuoso e cheio de perigos, mas a determinação de cada um os impulsionava.

Ao chegarem às rochas, o coração de Rafael disparou. Eles estavam prestes a encontrar outros como eles. Clara usou sua habilidade para se infiltrar nas sombras, enquanto Sofia chamava os pássaros para se manterem alerta.

Assim que se aproximaram do ninho, o grupo avistou uma pequena clareira iluminada por uma luz suave. Outros híbridos estavam reunidos ali, conversando em voz baixa. Rafael hesitou por um momento, mas a coragem o impulsionou para frente.

“Olá!” ele chamou, fazendo com que os híbridos se voltassem para eles. “Estamos aqui para nos unir a vocês!”

Os rostos viraram-se, e um garoto alto, com olhos de fogo como os de Rafael, se aproximou. “Quem são vocês? O que querem?”

“Somos da resistência,” respondeu Rafael. “Fugimos dos caçadores e viemos em busca de aliados. Precisamos lutar juntos.”

O garoto analisou o grupo, e um brilho de compreensão iluminou seu olhar. “Então você é Rafael. Já ouvimos sobre você. A luta está apenas começando, e precisamos de todos os guerreiros que pudermos reunir.”

Com um aceno de cabeça, os híbridos os acolheram. A esperança começou a crescer, e a determinação de formar uma resistência sólida se espalhou entre eles. Era hora de unir forças e lutar pela liberdade.

Naquela noite, sob a luz da lua e o sussurro da floresta, o grupo de híbridos começou a se organizar. A luta pela sobrevivência havia se transformado em uma luta pela liberdade, e a união deles poderia ser a chave para mudar seus destinos.

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