Capítulo 4

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O Beijo Proibido.

O silêncio da biblioteca era quebrado apenas pelo tique-taque do relógio e pela respiração acelerada de Dante e Ártemis. Ambos estavam sentados lado a lado, mergulhados no trabalho do projeto, mas seus olhos se desviavam um do outro por apenas breves momentos. A tensão sexual entre eles era palpável, como se o ar estivesse carregado de eletricidade.

Após alguns minutos, um silêncio constrangedor se instalou, e Dante decidiu quebrar o gelo.

— Sabe, Ártemis, eu acho que estamos fazendo um bom trabalho juntos.

— Concordo, Dante. Mas não se esqueça, isso é apenas um projeto — ela respondeu, tentando manter a compostura, mas o olhar dele a fazia tremer.

— Apenas um projeto? — Dante sorriu de lado, seus olhos explorando o rosto dela. — Tem certeza?

Ártemis mordeu o lábio inferior, seu olhar fixo nos dele. A proximidade era insuportável; ela podia sentir seu coração acelerado, um tambor batendo dentro do peito.

Dante se inclinou lentamente, seus olhos se fixando nos dela. A distância entre eles diminuiu, e ele podia sentir a respiração dela quente em seu rosto. Sem mais delongas, ele inclinou a cabeça e a beijou.

O beijo foi intenso, apaixonado, cheio de desejo. As línguas se entrelaçaram em uma dança sensual, enquanto as mãos de Dante deslizavam por suas costas, puxando-a para mais perto. Ártemis correspondeu ao beijo com a mesma intensidade, aprofundando o contato, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido.

Os dois se perderam naquele momento, completamente absorvidos um no outro. A biblioteca, antes um lugar de estudo e silêncio, se transformou em um palco para a paixão, onde o tempo parecia ter parado.

Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes, os rostos rubros. Seus olhares se encontraram, e um sorriso tímido surgiu nos lábios de Ártemis.

— Isso foi... intenso, Dante.

— E ainda pode ser muito mais, se você quiser — respondeu ele, a provocação na voz misturada à sinceridade.

Ártemis hesitou, o coração ainda acelerado. As implicações de seu beijo a atingiram como um raio. O que aquilo significava para eles? Para suas reputações? Para o projeto?

— Não sei se isso é uma boa ideia — ela disse, embora seu olhar traísse sua verdadeira curiosidade.

— Por que não? — Dante perguntou, inclinando-se um pouco mais perto. — A gente já quebrou tantas regras juntos. O que mais uma só vai mudar?

Ela mordeu o lábio novamente, pensando. A tensão entre eles era quase palpável, e o desejo a puxava em direções conflitantes. A ideia de se entregar a esse novo sentimento era tanto excitante quanto aterrorizante.

— Você é uma má influência, sabia? — disse ela, tentando esconder um sorriso.

— Só estou fazendo você viver um pouco — ele respondeu, piscando. — A vida é muito curta para se prender a regras que não significam nada.

O olhar desafiador de Dante a fez refletir. Havia algo liberador em sua proposta. A ideia de se permitir sentir, mesmo que fosse temporário, a atraía. Mas ela também sabia que se estivesse se envolvendo com ele, as consequências poderiam ser complicadas.

— Certo, vamos manter isso em segredo, pelo menos até a apresentação — decidiu finalmente, sua voz baixa, mas firme.

Dante sorriu amplamente, como se tivesse vencido um desafio. — Você não vai se arrepender, eu prometo.

Os dois voltaram a trabalhar no projeto, mas agora com uma nova energia entre eles, cada toque casual se transformando em uma faísca, cada olhar um convite. O beijo proibido havia aberto uma porta, e eles estavam prestes a explorar um território desconhecido.

À medida que se preparavam para a apresentação, a expectativa não era apenas sobre o projeto. O verdadeiro desafio estava na nova dinâmica que haviam criado — e em como lidariam com isso em um colégio repleto de intrigas e segredos.


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