Capítulo 10

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A Sombra da Vergonha.

Ártemis se afogava em um mar de lágrimas, a dor da humilhação era insuportável. A imagem que antes a representava como uma jovem alegre e confiante agora estava manchada pela crueldade alheia. Cada notificação, cada mensagem, era um novo golpe em seu coração. A solidão se tornou sua única companhia, um eco da sua tristeza que parecia não ter fim.

Enquanto isso, Dante se consumia em culpa e impotência. Ver a mulher que amava sofrendo dessa forma o dilacerava por dentro. A raiva que sentia por Elena se transformava em um desejo ardente de protegê-la, de apagar aquela dor que a consumia. Mas o que poderia fazer? A internet era um monstro que se alimentava da dor alheia, e parecia impossível controlá-lo.

Monólogo de Ártemis:

"Por que eu? O que fiz para merecer isso? Eu só queria ser feliz, amar e ser amada. Mas a felicidade é tão frágil, tão fácil de ser destruída. Me sinto suja, exposta. É como se toda a minha vida estivesse em exibição para o julgamento de todos. Nunca mais serei a mesma. A sombra dessa foto me perseguirá para sempre. Ninguém entende a dor que sinto, a humilhação que me consome. Cada olhar, cada sussurro, parece um lembrete cruel do que aconteceu."

Monólogo de Dante:

"Eu deveria ter feito algo para impedir. Eu poderia ter protegido ela. Mas a minha covardia me paralisou. Agora, ela está sofrendo por minha causa, e eu não consigo fazer nada para aliviar sua dor. Sinto como se estivesse afogando em um mar de culpa. Quero gritar para o mundo inteiro que ela não merece isso, que ela é a pessoa mais incrível que conheço. Mas as palavras são vazias, e as ações, insuficientes. Como posso reverter o que aconteceu? A angústia de vê-la assim é insuportável, e a impotência só aumenta a dor."

A sombra da vergonha pairava sobre eles, um manto pesado que parecia impossível de remover. Ambos lutavam com seus sentimentos, desejando um futuro onde a dor pudesse ser apagada, mas a realidade os mantinha presos em um ciclo de angústia. A luta não era apenas contra a crueldade alheia, mas também contra os próprios medos e inseguranças, numa batalha silenciosa que apenas eles podiam ver.


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