Capítulo 7

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A Marca da Posse.

O ambiente da boate estava carregado de uma energia intensa, alimentada pela música e pela conversa sussurrada entre aqueles que preenchiam os cantos escuros e glamourosos do lugar. As luzes piscavam em tons de vermelho e dourado, refletindo nas paredes espelhadas e criando um clima de mistério e sedução.

Chloe, ainda encostada no balcão, olhava de relance para Sam, que a observava com uma expressão indecifrável. Ele estava claramente frustrado, mas havia um brilho de persistência em seu olhar. Sam não era do tipo que desistia facilmente, mas também não estava acostumado a ser rejeitado. E isso tornava Chloe ainda mais intrigante para ele.

Enquanto Sam tentava compor outra tentativa de se aproximar, o destino fez seu movimento. Hugo Martin entrou na boate. Seus passos eram seguros, e seus olhos varreram o ambiente até encontrarem Chloe. Ele notou Sam a poucos passos dela e sentiu uma onda de irritação tomar conta de si. A cena de Sam se aproximando de Chloe, como se tivesse algum direito de flertar com ela, fez seu sangue ferver.

Sem perder tempo, Hugo caminhou até onde os dois estavam, seu olhar cravado em Sam, que ainda não havia percebido sua presença. Chloe, no entanto, sentiu o ar ao redor mudar. Ela virou o rosto e encontrou o olhar intenso de Hugo, aquele que ela conhecia tão bem, o olhar que indicava que ele não estava nada satisfeito com a situação.

Quando Hugo chegou ao lado dela, ele passou o braço firme pelo pescoço de Chloe, puxando-a para si em um movimento possessivo e determinado. Chloe não resistiu; ela conhecia a natureza de Hugo, seu desejo de afirmar seu território, especialmente diante de qualquer ameaça. Ele a puxou para um beijo ardente, seus lábios encontrando os dela com uma intensidade que não deixava dúvidas sobre sua intenção.

O gesto foi carregado de propósito. Hugo queria que Sam visse, que entendesse de uma vez por todas que Chloe não era uma mulher disponível para suas investidas. Quando o beijo terminou, Hugo manteve Chloe próxima, seus olhos fixos em Sam, desafiadores.

— "Chloe é minha mulher," declarou Hugo, sua voz baixa, mas carregada de uma firmeza que fez o sorriso de Sam desaparecer. Cada palavra era como um aviso, uma linha que ele não estava disposto a deixar que ninguém cruzasse.

Sam sentiu um nó na garganta, mas tentou manter a compostura, embora sua frustração fosse evidente em seu olhar. Ele sabia que perdera aquele momento, que o território de Hugo era intransponível, pelo menos por enquanto. Com um olhar de desdém, ele ajeitou a jaqueta e se afastou, saindo da boate sem olhar para trás, mas deixando no ar a promessa de que aquele não seria o fim de sua aproximação.

Chloe, ainda envolvida pelo braço de Hugo, sentiu o calor de sua posse, mas havia uma satisfação em saber que ele não estava disposto a deixá-la escapar, nem mesmo por um instante. Quando Sam finalmente desapareceu entre a multidão, ela olhou para Hugo, arqueando uma sobrancelha, mas com um sorriso discreto nos lábios.

— "Você sabe como marcar território, não é?" provocou ela, sua voz cheia de malícia.

Hugo a olhou com aquele sorriso de canto, o mesmo que ela conhecia bem, e apertou-a ainda mais contra si.

— "Eu só estou garantindo que todos saibam onde você pertence," respondeu ele, com uma mistura de humor e seriedade.

Chloe riu baixinho, mas havia um entendimento silencioso entre eles. Ali, no meio da boate, cercados por olhares curiosos e rumores que já começavam a circular, a conexão entre os dois permanecia inquebrável, forte o suficiente para enfrentar os desafios e as provocações que viriam pela frente.

E enquanto Sam saía da boate, remoendo sua frustração, Hugo e Chloe continuavam como sempre: dois jogadores implacáveis, dispostos a proteger o que construíram juntos, mesmo que isso significasse enfrentar cada novo adversário com a mesma intensidade que compartilhavam um com o outro.

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