Stef jamais pensou que pudesse se apaixonar por alguém que nunca havia visto antes, até que as Olimpíadas de Paris começaram, e junto com elas, surgiu uma paixão pela capitã da seleção de vôlei feminino, Gabi Guimarães. Mesmo frustrada por não ter s...
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Outubro de 2024 Stefany Martins
Já se aproximavam dois meses desde que Gabriela havia ido para a Itália, me deixando com o coraçãozinho apertado. Eu ainda sentia muita falta dela, mas estava lidando melhor com a ausência, até porque minha vida havia se tornado uma verdadeira correria. Finalmente, eu tinha conseguido mais responsabilidades dentro do Flamengo, a faculdade estava ficando cada vez mais complicada com os estágios obrigatórios e os trabalhos extracurriculares, e ainda tinha Olívia, de coração partido, querendo se afogar em festas, restaurantes caros e praias privadas. Deus abençoe a conta bancária do pai dela, porque estávamos torrando todo o dinheiro dele.
Era sábado à noite, e eu me arrumava para mais uma festa caótica com Olívia. Eu não era muito fã de bailes funk, mas preferia isso a ficar em casa pensando na minha capitã. Já fazia alguns dias que não conseguíamos nos falar direito; ambas estávamos muito ocupadas naquela semana, trocando apenas mensagens rápidas de saudação. Mas eu sabia que Gabriela falaria comigo naquele dia, já que era 19/10, a data da segunda carta.
— Pronta? — perguntou Olívia quando saí do banheiro.
Estávamos no meu apartamento, nos penteando que nem macacos para a festa. Ela estava deslumbrante, usando um short de paetês e um body transparente. A maquiagem esfumada destacava seus olhos verdes, e seus cabelos loiros brilhavam. Minha amiga era realmente muito bonita.
— Yes, baby. — respondi. — Vai pedindo o Uber. — falei, me virando para o espelho e admirando meu reflexo.
Sem querer parecer convencida, eu também estava muito bonita. O vestido preto curto, justo ao corpo, destacava meu quadril, e o kimono transparente por cima dava um charme extra. Como eu não pretendia ficar com ninguém, e muito menos com alguém alto, optei por um par de sapatos baixos brancos. Tirei uma foto rápida no espelho para mandar para Gabriela mais tarde.
Na festa, ficamos apenas bebendo e dançando de vez em quando. Olívia não queria ficar com ninguém, e eu muito menos. Ficar em casa chorando pela Gabriela não fazia sentido, mas ir a uma festa e ficar com alguém que não era quem eu realmente queria fazia ainda menos sentido. Ninguém parecia à altura da minha garota, todo mundo era tão mediano e ela... fenomenal.
Que raios de poder era esse que ela tinha sobre mim?
Enquanto Olívia ia ao bar pegar mais bebidas, aproveitei para ir ao banheiro e checar meu celular, que não parava de vibrar na bolsa. Encostei-me no balcão da pia e abri o WhatsApp, vendo várias mensagens não lidas, a maioria de Gabriela e Danilo. Danilo, mais uma vez, falava sobre meu pai, tentando me convencer a ir para a Itália. Céus, como ele era insistente.
Gabriela, por sua vez, tinha me mandado algumas mensagens perguntando onde eu estava e se podia me ligar. Assim que abri a conversa, vi que ela estava online, e logo meu celular começou a tocar com uma chamada de vídeo. Aproveitei que estava com a capinha de ventosa no celular e a prendi no espelho do banheiro, na altura da minha cabeça, para poder conversar enquanto me ajeitava. Atendi a ligação conectando meus AirPods.