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Os ventos frios de fim da tarde sopravam entre as árvores que cercavam o cemitério. A brisa gelada me causou um arrepio à medida que me aproximei da lápide de minha mãe. Eu a visitava sempre que podia, mas a dor era a mesma, e insistia em nunca ir embora. Sempre ao me lado como uma sombra, um lembrete vazio que estava sozinha no mundo.
Me agachei em frente a lápide, meus dedos tocando a superfície fria da pedra, sentindo as letras esculpidas sobre meu dedos: Eleanor Winslow, 1979 - 2012
Mesmo depois de tantos anos, minha mãe foi a única que sempre esteve ao meu lado, fazendo tudo o que meu pai nunca fez. Depois do divórcio, ela conheceu a escuridão de perto, mesmo assim nunca a vi chorar. Sempre sorria quando estava comigo, mas eu conhecia a dor em seus olhos cansados. Todas as noites, eu a ouvia chorar, e era como se meu coração se partisse um pouco mais. Eu era nova demais para entender, mas sentia que havia muito mais acontecendo por trás daquele sorriso.
Minha memórias se dissiparam no ar quando uma risada alta ecoou no silêncio do cemitério, fazendo-me olhar para o lado. Não muito longe, vi um garoto alto se aproximando de uma lápide. Ele esboçava um sorriso, e sua presença de alguma forma me deixava inquieta. Passou as mãos pelos cabelos escuros antes de se agachar, apoiando as mãos nos joelhos.