Lee Felix, um estudante do terceirão do Eleva, é o garoto de ouro da escola.
Rico, carismático, e com um futuro brilhante pela frente, ele parece ter tudo sob controle.
Sua avó, que é diretora do colégio, é uma figura de autoridade que impõe a ele...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨 07h30𝐚𝐦
Cresci em um uma família de classe alta, desde cedo tive acesso a tudo que muitos nem se quer sonham: educação de alta qualidade, viagens, segurança, um bom lar, comida na mesa todos os dias e todas as oportunidades que o dinheiro pode comprar. Nunca precisei me preocupar com contas no final do mês ou com a incerteza do futuro. Minha casa sempre foi de extremo conforto, e tudo oque eu queria, em menos de minutos já estavam nas minhas mãos, e ao contrário doque a maioria pensa, isso nunca me fez cego para oque acontece fora da minha bolha.
Desde pequeno meus pais sempre me ensinaram a olhar além dos muros da nossa casa, a entender que o privilégio em que nasci não era uma realidade compartilhada para todos. Eles nunca me esconderam a desigualdade do Brasil, nem a extrema pobreza que assola tantas famílias Brasileiras. Cresci sabendo que enquanto eu reclamava por algo tão pequeno, alguém agradecia por ter o mínimo.
Com o tempo, percebi como nosso país funcionava em extremos. De um lado, pessoas como eu, que vivem com o melhor que o dinheiro pode proporcionar. Do outro, a maioria da população Brasileira, lutando diariamente pra sobreviver.
O Brasil precisa ser um lugar onde todos tenham chances, não apenas os poucos que nasceram do lado certo da desigualdade. E enquanto isso não acontecer, enquanto a riqueza continuar em mãos concentradas, jamais poderemos viver livres ou a justos. Acredito eu, que um verdadeiro valor de uma sociedade está em como ela trata os mais vulneráveis, e infelizmente nada irá mudar tão cedo.
— Perfeita redação Senhor Lee! Conte mais 10 pontos para sua média. - Ela disse
— Obrigado Professora. - Sorrio para ela e vou me sentar.
— Felix sua redação está maravilhosa! - Jisung se vira para trás assim que me sento.
— Eu concordo! Sabia que você era inteligente, mas não tanto assim. - Jeongin diz e todos nós começamos a rir.
— Obrigada gente, mas isso é só a verdade doque o povo Brasileiro passa. - Agradeço colocando minha folha dentro de uma pasta.
— Você está certo, todos nós aqui somos muito privilegiados. Mas cortando o assunto, oque vamos fazer hoje? Faltam alguns minutos para sermos liberados. - Seumgmin diz enquanto guardava seu material.
— Falou na hora certa, hoje vai ter pagodeira lá no SamBar, partiu? - Jisung sugeriu, ele estava com o celular aberto e viu o story e sugeriu.
— Ainda! Animo muito. - Jeongin responde.
— Que horas? Tenho aula de dança até às 19h hoje. - Digo colocando os materiais na bolsa.
