Flertes e um lanche silencioso na lanchonete

99 11 59
                                    

Segundo cap pq aparentemente tô com fogo no cu e vontade de fazer minhas leitoras fiéis, vulgo Thaís e Mille, surtarem e provavelmente me ameaçarem de morte.

Horário péssimo? Sim, mas esqueci de tomar o remédio pra dormir e as ideias não paravam de surgir então aproveitem.

Boa leitura e me avisem se virem algum erro.

Boa leitura e me avisem se virem algum erro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Red

Mais um dia da família, mais um dia que terei que ver pessoas, sorrindo, felizes ou apenas falsidade?

Vejo Chloe observando as rosas, ela realmente ama isso, a chamo, vendo excitação correr por seus olhos.

Andamos, procuramos, ou melhor, ela procura sua família, eu apenas observo cantos aleatórios, procurando Alika.

Chad corre até minha namorada, um imbecil sempre será um imbecil, rio, é cômico ver o quão opostos eles são, e saber que, mesmo diferentes, eles são unidos. Vendo este pequeno momento em família sinto um aperto no peito, um desejo incessante de poder abraçar meu pai. Nunca poderei o abraçar novamente. Como abraçar um cadáver não é mesmo?

Ando até minha mãe, agora tão positiva como ela era quando jovem, seus braços tocam meus ombros, sabendo que detesto abraços. Carinho transborda do seu olhar, não sei reagir, apenas sorrio e respondo suas perguntas. Quando minha mãe encontra Cinderela com o olhar anda até ela, se desculpando comigo por me deixar sozinha no meu primeiro dia aqui.

Vejo um vulto atrás de mim, uma roupa azul e um colar balançando, claramente Alika me encontrou.

Ela grita, em vão, boo, como se fosse me assustar, ah se ela soubesse....

Sorrio e mexo em seu cabelo, vendo o modo como seus olhos se fecham quando sorri.

-Como você tá baixinha? Trouxe grafites novos? - sei que pareço animada, pois realmente estou, ela exala uma energia inocente, algo que nunca tive. Um desejo de proteção me ronda sempre que a vejo.

-Eu tenho ótimas ideias, mas meus pais não deixaram trazer as tintas. Da última vez a Rainha Mal saiu com o vestido pintado de rosa chiclete - diz, um sorriso pela lembrança de nossa última brincadeira.

Observo Chloe, nunca tirando meus olhso delas, um loiro se aproxima dela, cabelos brilhantes e um sorriso cafajeste. Parece um Deus, ou pelo menos exala a energia de um. Trinco meus dentes, fecho meus punhos, revisito minhas memórias para tentar me recordar se peguei minha faca antes de vir para cá.

Minutos passam, eles continuam conversando, ele abraçou minha mulher, e o pior é que ela permitiu.

Olho Chloe indo junto com aquele loirinho insosso, Alika ainda falando das nossas próximas pichações. Avisto uma jovem, pele morena, cabelos negros, mexendo num canudinho, deduzo que de milkshake, parece maliciosa, o tipo de garota que não se encaixa aqui.

Seu olhar encontra o meu, um sorriso malicioso se formando em nossos rostos, me despeço da adolescente animada que tagarela e ando até ela, vejo seu sorriso aumentar ainda mais.

Mordo meu lábio, pensando no que estou prestes a fazer. Seria um pecado trair Chloe, a única razão pela qual ainda não engoli todos aqueles comprimidos na minha gaveta, mas ainda sim desejo ser inconsequente

Escoro na mesa onde ela também repousa seu corpo, cruzando meus braços, esperando sua próxima ação.

A olho mais atentamente agora, suas proporções são belas, mas não se comparam às de Chloe, tão perfeitas para minhas mãos. Seus cabelos tem uma cor linda, não tão impactante quanto o azul do cabelo da minha futura esposa. Ela parece ousada, do tipo que, a antiga eu, levaria para o quarto, mas agora achei Chloe, perfeita para mim, sem um defeito sequer, talvez o de ser perfeita até demais.

-Então, vi o jeito que você encarou Petros, é mais uma das fãs dele? - ela perguntou, suas sobrancelhas arqueadas, um sorriso convencido nos lábios carnudos.

Então o nome dele é Petros? Intrigante, um nome ruim para um humano pior ainda, onde já se viu flertar com minha namorada, mesmo que ele não saiba que ela é minha namorada. Olho a garota ao meu lado, algo nela parece diferente dos demais, como se seus olhos falassem algo, as outras pessoas parecem marionetes, controladas por uma força maior.

Quando vou responder a jovem intrigante que acabei de conhecer, vejo Chloe retornando com o loirinho, agora nomeado de Petros, meu mais novo inimigo.

O palco no centro do jardim agora está com a fada madrinha, segurando um microfone, ou seria a varinha?

Rainha Mal e rei Ben sobem, suas mãos entrelaçadas, mas eles parecem perdidos, atores interpretando papéis na vida real.

-Estamos muito orgulhosos de dizer que, agora, podemos falar, e apresentar para vocês alguém muito especial, um jovem formidável - começou Ben, seu jeito positivo sendo o oposto da carranca no rosto de Mal - Pode entrar Hadie!

Arregalo meus olhos, flashes do seu corpo caído no chão voltando à minha mente, o copo em minha mão cai, meu olhar se encontra com o de Chloe, e eu sei que acertamos. Com firmeza ela se despede de Petros, e que nome feio puta que pariu, e vem até mim, os olhos brilhando em ciúmes.

-Tudo bem meu amor? - seu ênfase ma palavra amor, comumente dita por mim, me faz sorrir, orgulhosa de ver seu lado maldoso aflorando ao meu lado.

-Tudo, eu só tava conversando com a....- espero que ela diga seu nome, um flerte distante que ainda não foi nomeado.

-Juno - ela estende sua mão, amigável eu diria.

-Chloe - sua mão aperta a de Juno com força, vendo a raiva borbulhar em seus olhos castanhos.

-Foi um prazer conhecer sua namorada docinho - se despede com uma piscadela, provocando o ursinho carinhoso que aperta meu braço fortemente.

Vejo seu sorriso se tornar uma carranca quando ela sai, rebolando suavemente, seu quadril marcado pela calça jeans. Quando ela se vira, bufando de raiva e soltando meu pulso, depois de o deixar roxo, sei que hoje será uma daquelas noites.

Engulo minha saliva, saindo de todos esses sorrisos engessados, vendo Cinderela me encarar fixamente, e indo até uma lanchonete aqui perto, seus lanches gordurosos, e provavelmente cancerígenos, sempre acalmam Chloe.

Sentamos numa mesa distante de todos, um canto escuro, onde o ar condicionado nem deve bater. O garçom vem até até nós, com seu rosto entediado e olhos fundos, anotando nossos pedidos com sua voz baixa e rouca.

Batuco meus dedos na mesa, esperando Chloe falar, nosso plano dando certo de pouquinho em pouquinho. Dou um sorriso sem graça quando o hambúrguer chega e ela ainda não falou nada.

Comemos em silêncio, podendo ouvir o som dos motores dos carros lá fora.

Pago a conta, depositando uma pequena gorjeta na caixa de papelão em cima do balcão, andando até nosso dormitório na faculdade, ouvindo a respiração baixa de Chloe em minhas costas.

A chave parece mais barulhenta hoje, quando à encaixo na fechadura não há discurso animado da minha namorada para diminuir seu ruído.

Entro no quarto, trancando a porta e sentindo Chloe me empurrar na cama, olhos ferozes nos meus, raiva expressa no modo como me beija, rudemente e passando os dentes no meu lábio inferior, em sã consciência ela nunca faria algo assim.

Arranho seus ombros, sendo abandonada quando ela anda até o armário, procurando a caixa.

Eu não deveria ter dado corda para Juno, minha bunda sentirá as consequências de meus erros.

**
Cap curto mas é pq foi oq saiu, próximo cap tem putaria, dedo no cu e gritaria.

Gostaram?

É isso e até a próxima

As sombras do casteloOnde histórias criam vida. Descubra agora