☾⋆ O peso da exoneração

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O peso da liderança pairava sobre ela como a nuvem de uma tempestade, pronta para desabar a qualquer momento.

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Após uma semana desde a viagem ao lago, o retorno à rotina trouxe uma carga emocional pesada para Nina e Kitsune. Embora estivessem de volta ao ritmo da gangue, havia algo diferente no ar. Kitsune reassumiria sua posição de líder, mas o peso de uma nova decisão parecia nublar sua paz recém-adquirida.

Logo após sua volta, Miranda a chamou para uma conversa privada. Algum dos membros havia cometido uma violação grave, havia passado informações para alguém de fora da gangue, e isso ia contra os princípios da Nekutai, e com certeza exigiria medidas drásticas.

Kitsune não revelaria os reais motivos de sua decisão, deixaria isso só entre ela e Miranda por enquanto. Ela não queria comprometer ou preocupar as pessoas ao seu redor.

No sexto dia de volta, uma reunião importante foi marcada. Kitsune convocou todos à base. O clima pesado, as conversas em sussurros... algo grande estava prestes a acontecer.

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Observei Quinn de longe, seus passos firmes, o olhar afiado. Ela se movia com precisão, como se estivesse carregando uma decisão monumental. Fazia uma semana desde nossa ida ao lago, e eu havia notado pequenos momentos de paz nela, mas hoje... Hoje essa paz parecia ter evaporado. Havia algo a perturbando, algo que inevitavelmente envolveria todos nós.

Me aproximei com cautela, mantendo o máximo de discrição. - Você está bem? O que está acontecendo?

Ela suspirou profundamente, seus olhos encontrando os meus apenas por um segundo antes de se voltarem novamente para o grupo reunido. - Hoje vou ter que exonerar alguém da gangue. Não é uma decisão fácil.

Meu coração acelerou. Exoneração. Na Nekutai, ser exonerado não era apenas uma simples saída do grupo. Era uma ruptura completa, algo que poderia resultar na morte do membro, dependendo da gravidade, em consequências mais severas. - Quem, Quinn? - perguntei, sabendo que ela não revelaria antes da hora.

Ela balançou a cabeça, os músculos do maxilar visivelmente tensos. - Você verá. Mas essa pessoa traiu a confiança de todos. E não posso ignorar isso.

Minha mente começou a vagar. Quem poderia ter traído a gangue? O que poderia ser tão grave a ponto de exigir uma medida tão extrema? Olhei ao redor, para os rostos familiares. Amizades forjadas em momentos difíceis. Quem quer que fosse, essa decisão mudaria tudo.

Quinn entrou em seu carro, e logo ordenou que todos fizessem o mesmo, formando um comboio silencioso. Sem trocarmos uma palavra, percebi o destino: Praia do Rosa.

O caminho foi longo e carregado de tensão. O silêncio era tão espesso que parecia sufocante, como se todo o ar no carro tivesse sido drenado. Eu olhava para ela, tentando captar qualquer sinal, mas Quinn estava impenetrável.

Ao chegarmos à praia, o murmúrio entre os membros cessou. Eles sabiam que algo sério estava por vir. Quinn saiu do carro e, em silêncio, caminhou em direção à água, com todos nós seguindo em uma linha. Paramos próximo à maré, o som das ondas quebrando no silêncio pesado da noite.

Até o Último Suspiro - KitninaOnde histórias criam vida. Descubra agora