Educando um Homem.

90 11 1
                                    

POV'S LAUREN JAUREGUI

-Vamos lá garotão? A mamãe está no carro te esperando. -Disse assim que entrei na sala da casa dos Cabello's

-E como ela está, menina Lauren? -Sinuh perguntou após me abraçar.

-É só uma virose. -Disse cabisbaixa.

-E você está triste? Queria que fosse algo mais grave, sua doida? -Perguntou Alejandro, desligando a TV.

-Claro que não, Ale. -Retruquei no mesmo instante.

-Então o que te aflige, Lauren? -Perguntou Sinuh.

-É que eu queria e já jurava que fosse outro filho, fiquei um pouco triste quando soube que era a virose. -Respondi vendo Kaleo chegar com sua bolsa nas costas.

-Tudo em seu tempo, querida. -Sinuh respondeu e eu somente assenti.

-Vamos, se despeça dos seus avós. -Kaleo assentiu e correu até os mais velhos.

-Tchau vovó Sisi, tchau vovô Ale! -Ele abraçou e beijou os dois.

-Tchau amor do vovô, lembre-se do que conversamos. -Ele soltou o garoto que segurou em minhas mãos.

Eu havia levado Camila ao hospital, não demorou muito até que fôssemos atendidas, já que pagamos um plano em um hospital particular. Resolvemos realizar um plano família, então todos nós tínhamos acesso.

Não se passavam das 22:00 da noite quando passamos na casa dos meus sogros para buscar nosso menino. Camila estava com os olhos fechados quando entramos no carro, ela havia tomado um soro na veia e algum remédio que foi avisado que a ficaria realmente sonolenta.

-Posso dar um beijo na mamãe antes de ir? -Perguntou após eu abotoar o cinto.

-Claro, vai lá. -Desabotoei vendo ele descer com um pouco de dificuldade.

-Eu te amo mamãe. -Ele disse mesmo com a mulher sonolenta.

Ele se sentou novamente, e eu voltei a abotoar o cinto. Entrei no carro e dirigi de volta para casa, durante todo o caminho foi repleto de uma conversa -quase cochicho- entre Kaleo e eu.

-Sabe mamãe, -Olhei para ele pelo retrovisor interno, achando engraçado sua forma de conversar. Kaleo não tinha problema com sua fala, falava muito bem sem trocar as letras, ora ou outra trocava o R pelo L.- o vovô Ale disse que eu sou um homenzinho, que eu devo cuidar da mami Mila.

-E ele está certo, devemos cuidar da mami Mila. -Respondi, não conversávamos baixo mais.

-Como eu posso cuidar da mami, mamãe? -Perguntou me olhando confuso.

-Você pode ajudá-la nas tarefas de casa, obedecê-la. -Ele estava concentrado.- Você pode abrir a porta do carro para ela, perguntar se ela está bem ou se precisa de algo. -Ele cruzou os braços ainda concentrado e eu me segurei muito para não rir.- Você pode ajudá-la respeitando quando ela disser que já deu o horário dos desenhos e brincadeiras. Você pode fazer muitas coisas, filho.

-Então eu posso abrir a porta do carro pra ela quando a gente chegar em casa? -Perguntou.

-Claro que pode, quando abrir a porta do carro, estende a sua mãozinha para dar apoio a ela. -Ele assentiu, vi por relance Camila sorrir, ela já não dormia mais.- Chegamos.

Kaleo desabotoou o cinto e abriu a porta, corri até o outro lado para ter certeza de que ele não iria para a rua, e faria tudo como eu disse.

Ele abriu a porta e eu fiquei um pouco distante, apenas para mostrar que eu estava ali caso ele precisasse.

Apenas Um Sorriso. Onde histórias criam vida. Descubra agora