3.Ruas em xeque

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Na penumbra dos escritórios e esconderijos, os líderes das famílias se reuniam com os membros mais leais, cada um deles inquieto, sentindo o peso do que estava acontecendo na cidade. Sabotagens misteriosas estavam eclodindo por toda parte, e as implicações disso se estendiam como raízes emaranhadas nas fundações do submundo.

Nos fundos dos restaurante Onigiri Miya, Osamu Miya observava os rostos de seus homens, um misto de preocupação e frustração. O cheiro do arroz recém-cozido na cozinha do restaurante não conseguia esconder a tensão no ar.

"Ontem à noite, perdemos um carregamento de armas", declarou Atsumu, seus olhos ardendo com indignação. "Ninguém conseguiu descobrir como aconteceu. Foi como se o ar tivesse se tornado denso e invisível."

Osamu franziu a testa. "Isso não é um acidente. Há algo ou alguém agindo nas sombras, e mexendo os pauzinhos para atingir os nossos negócios.

"E pelo menos temos alguém de quem desconfiamos?" retorquiu Atsumu, tamborilando os dedos na mesa. "Se estamos sendo atacados, é melhor estarmos prontos para um contra-ataque."

"Mas antes disso temos que saber onde atacar. Qual família está por trás destes movimentos?" Osamu questionou, pensativo.
*
Na sede da Família Karasuno, Daichi Sawamura se encostou na mesa, seus olhos fixos em Sugawara, que se mostrava inquieto, seu comportamento demonstrava que estava nervoso.

"Os negócios de drogas estão sendo desestabilizados. Perdemos um dos nossos pontos de venda, e não sabemos o que aconteceu. O que está havendo, Sugawara?" Daichi perguntou, sua voz firme.

Sugawara respirou fundo, mantendo a compostura. "Não sabemos ainda, mas já sabemos que alguém denunciou a nossa carga para a polícia na semana passada. Yamaguchi conseguiu alguns nomes de possíveis traidores, mas até agora não temos certeza de nada."

Kageyama, sempre direto, interveio: "Se houver um traidor entre nós, é melhor descobrir logo. A incerteza pode ser a nossa maior inimiga."

*
Kuroo Tetsurou observava atentamente seus homens, sentindo a necessidade de agir antes que o pânico se instalasse. Kenma estava em um canto, absorto em seu laptop, capturando informações sobre os recentes incidentes.

"Estamos perdendo informações valiosas. É como se tivéssemos um fantasma à espreita", Kuroo disse, sua expressão sombria.

"Se realmente existe eu não imagino que seja uma das familias que já conhecemos, talvez seja uma nova família, e se for, então eles estão bem informados", comentou Kenma, sem desviar o olhar da tela. "Precisamos redobrar nossos esforços para entender quem está por trás disso."

"Mas quem? Se não soubermos a fonte, estaremos apenas adivinhando", Lev replicou, mordendo os lábios.

*
Em um dos armazéns controlados pela Família Fukurodani, Bokuto Koutarou estava agitado. Akaashi Keiji, sempre calmo, tentava manter a situação sob controle.

"Perdemos homens em uma emboscada! Isso não é normal", Bokuto exclamou. "Precisamos agir!"

Akaashi balançou a cabeça. "Agir sem informações só nos levará a mais caos. Precisamos ser estratégicos. Vamos reunir o que sabemos sobre os recentes ataques e descobrir se existe um padrão."
*

Na sede da Família Inarizaki, Aran Ojiro cruzou os braços, olhando para seus homens que estavam inquietos.

"Nosso fluxo de dinheiro foi cortado. Acredito que as outras famílias estejam começando a nos olhar com desconfiança", Aran declarou. "Estamos em um ponto de vulnerabilidade."

"Precisamos nos reunir com as outras famílias e discutir isso abertamente", sugeriu um de seus homens. "Se a desconfiança aumentar, não teremos como nos defender."

Aran ponderou a ideia, mas ele sabia que unir-se a outras famílias era um jogo arriscado. "Se isso acontecer, devemos deixar claro que não toleraremos traições."

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Em um espaço reservado, Kiyoomi Sakusa analisava os relatórios de atividades recentes. A tensão na sala era palpável, e sua presença controladora deixava os outros nervosos.

"Estamos enfrentando problemas em nossas operações, e não sabemos como estão sendo vazados nossos planos", disse Tsukasa Iizuna, braço direito do chefe da família.

Sakusa permaneceu em silêncio por um momento. "Devemos ser metódicos. Se alguém está nos sabotando, precisamos descobrir quem é antes que seja tarde demais."

"Precisamos agir rápido. Se as outras famílias começarem a pensar que somos fracos, será um convite para um ataque", Tsukasa Iizuna acrescentou, preocupado.
*

À medida que cada líder se afastava de suas reuniões, a sensação de incerteza e paranoia se espalhava como uma doença pela cidade. Nenhum deles sabia ao certo quem estava por trás das sabotagens, mas todos concordavam em uma coisa: alguém estava manipulando as cordas, e o equilíbrio de poder que haviam trabalhado para construir estava em risco.

Cada passo nas ruas se tornava mais cuidadoso, cada sussurro mais carregado de significado. A tensão estava palpável, como uma tempestade prestes a eclodir, enquanto a sombra de uma nova familia observava silenciosamente, manipulando as peças do tabuleiro em uma dança sutil, mas mortal.

E assim, no coração de uma cidade marcada por alianças frágeis, as sombras se aprofundavam, e a incerteza se tornava um inimigo tão temido quanto qualquer outro.

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