Era o primeiro dia de aula de S/N na nova escola, e já no momento em que entrou pelos portões, todos os olhares se voltaram para ela. Era uma garota linda, com um ar misterioso que chamava a atenção, mas não era só isso que a destacava. Ela era uma exímia jogadora de vôlei, o que a fez transferir-se para aquela escola. Mal sabia ela que o rei das quadras ali já tinha dono: Brady Noon.
Brady Noon era conhecido por sua habilidade extraordinária no vôlei e por ser, sem dúvida, o garoto mais cobiçado da escola. Altura, um físico invejável e um sorriso que fazia as garotas perderem o fôlego. Ele vivia cercado de admiradoras e seus amigos sempre faziam questão de lembrar o quanto ele era incrível, mas a verdade era que Brady não ligava para toda essa atenção. Nenhuma daquelas garotas realmente o interessava... até que ele ficou sabendo sobre a chegada da nova garota no time de vôlei.
Assim que Brady ouviu que S/N era uma jogadora de alto nível, ele quis conhecê-la imediatamente. Ele não era do tipo que se impressionava facilmente, mas algo em S/N o instigava. Quando finalmente a viu nos corredores, rodeada por seu próprio silêncio e pela naturalidade de quem não estava ali para impressionar ninguém, Brady percebeu que ela era diferente.
Naquele mesmo dia, Brady não perdeu tempo e foi falar com ela. Ele a encontrou no ginásio, arrumando suas coisas após um treino particular. Com seu habitual sorriso de canto, aproximou-se devagar.
— Ouvi dizer que você é boa no vôlei — Brady comentou, casualmente, embora houvesse um brilho desafiador em seus olhos.
S/N ergueu a cabeça e encarou-o, sem se deixar afetar pela fama dele.
— É o que dizem — respondeu, sem dar muita importância.Brady sorriu, achando interessante o quanto ela parecia alheia à sua popularidade. Quase todas as garotas se derretiam ao menor contato visual com ele, mas S/N estava mais preocupada em
guardar suas coisas.
— Vamos ver se é verdade, então. O que acha de uma partida? — desafiou ele, cruzando os braços. — Se eu ganhar, você me deve um encontro. E se você ganhar... bem, eu serei seu mordomo pelo resto do ano.
S/N hesitou por um momento. Não era o tipo de garota que se envolvia em apostas bobas, mas havia algo no jeito provocador de Brady que a fez aceitar o desafio. Além disso, a ideia de ter o "grande Brady Noon" como mordomo era tentadora demais.
— Fechado — respondeu ela, com um sorriso confiante.
A notícia sobre o desafio se espalhou pela escola como um incêndio, e, no fim da tarde, a quadra estava lotada de estudantes ansiosos para ver o confronto épico entre os dois melhores jogadores de vôlei da escola.
Brady estava com seu time habitual, composto por seus melhores amigos, e S/N jogava com outras garotas do time da escola. A confiança irradiava de Brady, que, como sempre, se permitiu alguns comentários provocativos durante o aquecimento.
— Não se preocupe, vou pegar leve com você — brincou ele, lançando-lhe um sorriso encantador.
S/N apenas arqueou as sobrancelhas, concentrada. Quando o apito soou, o jogo começou. O público aplaudia e torcia a cada ponto, e a partida estava acirrada. Ambos os times eram excelentes, mas a habilidade de S/N estava surpreendendo até os mais céticos. Ela dominava o saque, cortava com precisão e bloqueava com uma agilidade impressionante. Brady, por outro lado, jogava com sua habitual confiança e habilidade, liderando seu time com perfeição.
O placar oscilava, e a cada ponto, a tensão aumentava. Quando o jogo se aproximou do fim, o time de Brady liderava por apenas um ponto. A bola foi levantada para ele, e Brady estava prestes a finalizar a partida com uma cortada poderosa. Porém, S/N, com uma velocidade impressionante, se antecipou e saltou na direção da bola. Ela a acertou com tanta precisão e força que a bola passou direto por Brady, batendo acidentalmente em seu rosto e causando um sangramento no nariz.
A quadra explodiu em comemorações. O time de S/N havia vencido, e o ponto final tinha sido marcado de maneira inesquecível. Brady, ainda atordoado, segurava o nariz enquanto o público ia à loucura. Porém, em meio à celebração, S/N não conseguiu se divertir com a vitória. Preocupada com Brady, ela se aproximou rapidamente.
— Brady, me desculpa! — disse ela, genuinamente preocupada, enquanto o ajudava a sair do meio da multidão.
Os dois se afastaram até um canto mais tranquilo do ginásio, onde S/N pegou um pano para ajudá-lo a estancar o sangramento. Apesar da dor, Brady ria.
— Acho que eu mereci essa — disse ele, enquanto S/N limpava seu nariz com cuidado.
— Não foi de propósito — S/N riu, um pouco aliviada. — Mas... acho que você tem um acordo a cumprir agora.
— Ah, é? — Brady sorriu. — Eu sou todo seu. Seu mordomo, como combinado.
Eles trocaram risadas e conversaram um pouco mais, até que S/N se certificou de que ele estava bem. Depois disso, seguiram para casa, sabendo que a aposta os colocaria em uma situação inusitada nos dias seguintes.
No dia seguinte, assim que S/N chegou à escola, Brady já estava esperando por ela na entrada, com um copo de café nas mãos.
— Seu café, senhorita — disse ele, com um sorriso exageradamente servil. — Eu pretendo ser o melhor mordomo que você já teve.
S/N riu da encenação, e aquele foi apenas o começo de um dia cheio de diversão. Brady a seguiu pela escola o tempo todo, levando suas coisas, pegando comida para ela na cantina e, claro, provocando-a sempre que podia. O que começou como uma aposta logo virou rotina, e, à medida que os dias se passavam, eles foram se aproximando mais e mais.
Cinco meses depois, a amizade entre os dois já havia se transformado em algo mais profundo. Eles se provocavam, brincavam e passavam muito tempo juntos, mas nenhum dos dois tinha coragem de admitir o que realmente sentia. Até que um dia, durante um jogo importante de vôlei, Brady estava mais motivado do que nunca. S/N, como sempre, estava na arquibancada, torcendo por ele. Antes do jogo, eles fizeram mais uma de suas apostas bobas.
— Se você ganhar hoje, eu te dou um presente — disse S/N, com um sorriso malicioso.
Brady, claro, aceitou o desafio e jogou como nunca. Seu time venceu, e assim que o apito final soou, ele foi direto para S/N, com os olhos brilhando.
— E o meu presente? — perguntou ele, ofegante e ansioso.
S/N sorriu, aproximando-se para um abraço apertado.
— Esse é seu presente — disse ela.
Brady, no entanto, não estava satisfeito.
— Eu acho que me esforcei muito, o presente deveria ser um beijo — disse ele, sem pensar duas vezes.
Antes que S/N pudesse responder, Brady a puxou gentilmente para um beijo apaixonado, ali mesmo, no meio da quadra, na frente de todos. O público os assistia, surpreso, mas para eles, naquele momento, só existia um ao outro. Foi o começo de algo muito maior, e Brady, que começou como seu mordomo, finalmente se tornou o seu "amor-domo".
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★彡[ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ʙʀᴀᴅʏ ɴᴏᴏɴ]彡★
Fanfiction"Este livro reúne pequenas histórias fascinantes sobre Brady Nonn e S/N, duas figuras que, com personalidades contrastantes, enfrentam os altos e baixos da vida com coragem e determinação. Ao longo das narrativas, os leitores são transportados por m...