★彡[ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ʙʀᴀᴅʏ ɴᴏᴏɴ]彡★

A Receita Do Amor

Brady chegou em casa carregando as sacolas do supermercado com um sorriso no rosto, o som das chaves na porta ecoando pela casa silenciosa. Ele sabia que S/N o esperava ansiosamente para fazer o bolo de baunilha com ganache de chocolate e morangos, a receita que eles adoravam. O cheirinho doce já parecia pairar no ar.

— Brady! Você chegou! — gritou S/N, correndo pela sala e se atirando nos braços dele.

Brady riu, surpreso com a recepção calorosa. Geralmente, nessa época do mês, ele sabia que as coisas eram... um pouco mais delicadas.

— Nossa, você tá bem animada hoje, hein? — Ele a beijou na testa, apertando-a em seus braços. — Achei que você estava no auge da TPM e carência... ou foi ontem?

S/N riu e deu um leve soco no ombro dele. — Ainda não cheguei nessa fase, mas... — disse piscando, deixando Brady um pouco desconcertado.

— Ué, mas não era pra ser essa semana? — ele respondeu com uma risada, enquanto ambos iam para a cozinha.

Eles começaram a separar os ingredientes para o bolo, com Brady organizando os itens em fila no balcão. Os dois trabalhavam em perfeita sintonia: S/N cuidava da massa, enquanto Brady misturava os ovos com uma leve expressão de nojo, exageradamente teatral.

— Isso é nojento! — ele disse, fazendo careta enquanto rachava os ovos na tigela.

S/N riu e empurrou a cintura dele de brincadeira com o quadril. — Você reclama agora, mas daqui a pouco vai estar se lambuzando com o bolo.

Brady piscou e continuou mexendo a massa com uma expressão exageradamente concentrada, fingindo ser um chef famoso. — Senhora, por favor, não me distraia enquanto preparo esta obra-prima!

Entre risadas e um pouco de farinha jogada para o alto, a mistura do bolo foi finalmente colocada no forno. Eles se jogaram no sofá, aliviados, prontos para descansar enquanto esperavam.

— Sabe o que é estranho? — Brady disse, virando-se para S/N. — Você ainda não está... sabe. Naqueles dias.

Ela fez uma careta, preocupada. — Deve ser só um atraso normal.

Brady assentiu, mas uma pequena sombra de preocupação cruzou seu rosto. Antes que pudessem pensar mais nisso, o alarme do forno tocou. S/N levantou-se de um salto, correndo para tirar o bolo do forno. Brady a seguiu rapidamente, rindo enquanto tentava alcançá-la.

— Calma, mulher, o bolo não vai sair andando sozinho!

Ela tirou o bolo do forno com o cuidado de uma verdadeira confeiteira, e os dois começaram a preparar a ganache. Brady mergulhou os morangos no chocolate enquanto S/N começava a sentir um leve enjoo.

— Ugh... — S/N colocou a mão no estômago, fazendo uma careta. — Acho que o cheiro do ovo me pegou mal.

— Isso não é normal... — Brady murmurou, com uma sobrancelha arqueada, já suspeitando de algo.

Mas ela afastou sua preocupação com um gesto, voltando à tarefa. Logo, o bolo estava coberto de ganache e decorado com morangos perfeitamente alinhados. Brady olhou para o resultado com orgulho.

— Você devia tomar um banho agora, amor. Deixa que eu cuido da cozinha.

S/N sorriu e foi direto para o banheiro, deixando Brady com um plano já arquitetado. Assim que ouviu o som do chuveiro, ele pegou as chaves do carro e saiu discretamente de casa. Dirigiu até a farmácia mais próxima e voltou com uma sacola cheia de... testes de gravidez. O atendente da farmácia, uma mulher de meia-idade, não pôde deixar de rir ao ver a quantidade.

— Oito testes? Quer ter certeza mesmo, né?

Brady deu de ombros e sorriu. — Não dá pra brincar com essas coisas.

De volta à casa, ele encontrou S/N deitada na cama, ainda enjoada.

— Onde você foi? — perguntou ela, meio desconfiada.

Ele apenas entregou a sacola, sem dizer uma palavra. Ela olhou para dentro e arregalou os olhos.

— OITO TESTES?! — exclamou, rindo enquanto se levantava. — Tá bom, Brady, vou fazer um teste e te poupar da ansiedade.

Brady começou a andar de um lado para o outro no quarto enquanto ela foi ao banheiro. Ele olhava para o teto, pensando alto.

— Eu vou ter que vender a Porsche... — murmurou para si mesmo, a ideia o deixando agoniado.

Alguns minutos depois, S/N saiu do banheiro com um único teste na mão, o rosto sério. Brady congelou no lugar.

— E então...?

Ela olhou para ele por um momento, deixando um suspense no ar, antes de abrir um sorriso radiante.

— Brady, você vai ser papai.

— O quê?!

Ela levantou os outros sete testes que fez, todos com o mesmo resultado. Ele correu até ela, abraçando-a e a levantando como uma princesa, girando-a no ar com um sorriso que mal cabia no rosto.

— Essa é a melhor notícia da minha vida! — Brady disse, os olhos brilhando de felicidade.

Ele a beijou com ternura, o toque dos lábios deles suave, como se o mundo tivesse parado naquele instante. O amor deles fluía, como um rio que nunca secava, e ele a segurou com força, como se não pudesse deixar aquele momento escapar.

— Eu te amo tanto, sabia? — disse S/N, com lágrimas nos olhos.

— Eu também te amo. — Brady respondeu, acariciando o rosto dela, o sorriso ainda largo.

Eles ficaram ali, abraçados, sentindo o amor crescer ainda mais com a chegada da nova vida que estava por vir. Brady então soltou uma gargalhada.

— Acho que vou mesmo ter que vender a Porsche.

S/N riu, dando um leve tapa no peito dele. — Ouvi dizer que carrinhos de bebê também são bem caros.

Eles riram juntos, o bolo esquecido no balcão da cozinha, enquanto o futuro doce e surpreendente os esperava de braços abertos.

 parte 2?