Entre Vinhos e Espumas

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S/n e Brady Noon eram amigos há anos. Aqueles melhores amigos que se entendem com um simples olhar, que dividem piadas internas e que não têm vergonha de falar sobre qualquer coisa. Naquela noite, eles estavam comemorando mais um sucesso de Brady — a estreia de seu mais recente filme. Depois de uma premiação cheia de estrelas e entrevistas, tudo o que ambos queriam era relaxar e, bem... talvez beber um pouco mais.

No luxuoso hotel em que estavam hospedados, S/n tinha tido a brilhante ideia de convidar Brady para a banheira de hidromassagem no quarto. Sem segundas intenções, claro — só um bom banho de espuma e uma taça de vinho eram exatamente o que precisavam para fechar a noite com chave de ouro.

— Isso aqui, sim, é tudo que eu precisava! — S/n exclamou, erguendo a taça de vinho e afundando ainda mais entre as bolhas. — Uma banheira, um bom vinho, e meu melhor amigo do lado. Perfeito.

Brady riu, bebendo um gole de seu vinho. — Você sabe mesmo como curtir as coisas simples da vida.

Eles continuaram conversando sobre os artistas que estavam no evento.

— Viu o traje do Steve? — S/n comentou. — Eu juro, parecia que ele tinha saído direto de um filme dos anos 80. Ridículo.

— Não dá pra superar o cabelo da Tina — Brady gargalhou. — Eu fiquei esperando ela tirar um passarinho de lá, com certeza estava escondendo alguma coisa naquele penteado.

— Definitivamente — S/n concordou, rindo tanto que quase derrubou a taça de vinho na água.

O tempo passou, e com duas garrafas de vinho vazias ao lado da banheira, a conversa entre os dois começou a diminuir, sendo substituída por um silêncio confortável, só quebrado pelo suave barulho da hidromassagem. Até que... de repente, o som da água mudou.

— O quê...? — Brady olhou em volta, confuso.

A banheira começou a esvaziar lentamente. S/n olhou para ele com os olhos arregalados.

— Brady! O que você fez?

— Eu... eu só apertei esse botão aqui — disse, apontando para o painel da banheira. — Achei que ia aumentar as bolhas...

— Agora a gente vai ficar aqui sem água! E estamos sem roupas, Brady! — S/n começou a ficar desesperada, olhando para a água que ia desaparecendo.

No mesmo instante, Brady também entrou em pânico. No desespero, ele se aproximou rapidamente de S/n, colando o corpo molhado no dela.

— O que você tá fazendo? — Ela olhou para ele surpresa.

— Se a gente ficar colado, a gente não vai... ver nada, sabe? — Brady tentou argumentar, a voz um pouco trêmula.

S/n podia sentir o peito dele pressionado contra o seu, os braços de Brady um pouco hesitantes ao redor da sua cintura. A água tinha praticamente sumido, e eles estavam ainda mais perto do que antes. Ela tentou não olhar, mas não tinha como ignorar o toque dos seios contra o peito dele.

— Brady... — ela sussurrou, sem querer especificar a situação desconfortável.

Ambos estavam corados, o que provavelmente era culpa tanto do vinho quanto do constrangimento da situação. Eles se levantaram, ainda grudados, tentando desesperadamente não olhar para baixo, os olhos fixos no teto enquanto pegavam as toalhas.

Foi então que a tensão deu lugar ao riso. Primeiro, uma risadinha contida de Brady, que logo se transformou em gargalhada.

— Eu sinto muito! — Brady disse, ainda rindo, a toalha pendurada na cintura. — Isso foi... foi demais.

— Não tem problema — S/n disse, ainda se segurando para não rir mais. — Temos intimidade o suficiente para não ficar esse clima estranho entre a gente.

Brady a olhou, uma expressão confusa no rosto.

— Não? — perguntou, com uma sobrancelha levantada.

— Não o quê? — S/n respondeu, confusa.

Com um movimento rápido, Brady puxou a cintura dela, aproximando seus corpos novamente, desta vez sem as bolhas da banheira para ocultar o contato. Seus rostos ficaram a centímetros de distância, e S/n podia sentir a respiração quente dele. Brady, com um sorriso malicioso, sussurrou:

— Temos intimidade para algo mais?

S/n arregalou os olhos, mas antes que pudesse responder, começou a rir descontroladamente.

— Tá brincando, né? — ela perguntou, ainda rindo e empurrando o peito dele de leve.

Mas Brady permaneceu firme, os braços ainda ao redor da cintura dela.

— Quem disse que era uma brincadeira? — Ele inclinou a cabeça um pouco mais para perto, o olhar fixo nos lábios de S/n. — Um beijo não vai estragar nada, vai?

S/n hesitou. O vinho corria nas veias, a noite tinha sido longa e cansativa, e ali estavam eles, no meio de um hotel cinco estrelas, praticamente nus. Ela sabia que aquilo não era exatamente a coisa mais sensata a fazer. Mesmo assim, sentia algo mais forte do que a razão a segurando ali, no aperto firme de Brady.

— Estamos bêbados — ela murmurou, a voz quase falhando, mas ao mesmo tempo, não resistindo.

— Isso não muda o fato de que é o que eu mais quero. Sóbrio ou não. — Brady olhou para ela com uma intensidade que a fez perder o fôlego.

S/n piscou algumas vezes, ainda tentando raciocinar, mas acabou cedendo, seus lábios finalmente encontrando os dele. O beijo começou suave, mas logo se intensificou, a paixão aumentando com cada segundo. As toalhas se soltaram, e o calor dos corpos se misturou ao toque dos lábios. Brady a segurava com firmeza, e cada movimento parecia carregado de desejo.

— Brady... — S/n interrompeu o beijo, ainda ofegante. — A gente devia parar. Antes que... estrague tudo. Se você fizer isso e me machucar, eu juro que te mato.

Brady parou, mas ao invés de se afastar, ele sorriu de um jeito malicioso.

— Então... se eu parar agora, você não ficaria com vontade de continuar?

S/n olhou para ele, a raiva e o desejo misturados de uma forma que ela não sabia explicar. Com um suspiro profundo, ela fechou os olhos por um segundo e, quando os abriu novamente, sorriu de canto.

— Cala a boca, Brady. — E o puxou de volta para um beijo quente, sem se importar com mais nada. — O futuro... a gente resolve depois.

parte 2??

★彡[ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ʙʀᴀᴅʏ ɴᴏᴏɴ]彡★Onde histórias criam vida. Descubra agora