Veni, Vidi, Vici ( TRADUÇÃO )

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James sentiu uma onda de alívio tomar conta dele quando Madame Pomfrey terminou de cuidar de Snape. Suas mãos habilidosas trabalharam rapidamente, espalhando pomada curativa por todos os ferimentos de Snape. James sentou-se ao lado de Sirius na ala hospitalar, mas seus pensamentos foram consumidos pelo poder inesperado de Snape; era espantoso como o sonserino conseguiu lançar um feitiço tão complexo sem dizer uma palavra. A força bruta dele lhe deu arrepios na espinha.

Na manhã seguinte, uma sensação de desconforto tomou conta da sala comunal da Grifinória. Sirius, geralmente o primeiro a acordar, não se incomodou em descer para o café da manhã ou para as aulas da manhã. Peter deveria se juntar a James para Poções, mas ele tinha ficado preso em um banheiro, vítima de sua própria gula do café da manhã.

Como o destino quis, James se viu como parceiro de Lily Evans para a aula de Poções. Uma onda de excitação percorreu seu corpo, afastando-o dos pensamentos sobre Snape. Lily era tudo o que ele sempre sonhou. Seu lindo rosto era emoldurado por cascatas de cabelos ruivos flamejantes, e seus profundos olhos verdes brilhavam com inteligência e determinação. Ele se lembrou do primeiro dia em que se conheceram no Expresso de Hogwarts, amontoados em um compartimento. No momento em que pôs os olhos nela, sentiu uma conexão inegável, como se tivesse vislumbrado sua futura esposa.

Ele imaginou uma vida com ela, um lar acolhedor cheio de risadas e o bater de pezinhos. Ele a imaginou nutrindo seus filhos, criando uma atmosfera cheia de amor e alegria. Em seus devaneios, ela aguardava seu retorno do trabalho, seu sorriso iluminando sua casa, uma esposa perfeita que o adorava incondicionalmente.

Mas suas fantasias foram abruptamente destruídas. Lily, normalmente de fala mansa e doce, desencadeou uma enxurrada de maldições pungentes e feitiços encarceradores para extrair informações deles. Ele a tinha testemunhado ficar com raiva em nome de Snape antes, mas aqueles momentos tinham sido preenchidos apenas com olhares fofos e azarações inofensivas destinadas a defendê-lo. Isso era diferente. Observando-a lançar aqueles feitiços com tanta ferocidade, ele percebeu que Lily não era apenas uma garota suave; ela possuía uma força feroz e uma vontade de lutar pelo que acreditava.

“Isso é tudo culpa nossa,” James a ouviu dizer, sua voz tremendo levemente. Ele observou enquanto a dor e a culpa giravam em seus profundos olhos verdes, uma tempestade de emoções que refletiam o tumulto dentro dela. A cada respiração firme, ela tentava se acalmar, mas estava claro que o peso da situação pesava muito sobre seus ombros.

James odiava aquele olhar nela — uma expressão reservada para outra pessoa, para alguém que ele nunca poderia entender. O enfurecia ver a vulnerabilidade dela direcionada a uma pessoa como Snape, um garoto que ele via como nada mais do que um covarde. Para ele, Lily era como um diamante radiante, deslumbrante e extraordinário, iluminando as vidas daqueles ao seu redor com sua gentileza e brilhantismo. Em nítido contraste, Snivellus era semelhante à água turva, turva e inútil, sem servir a nenhum propósito na vida de ninguém

O coração de James doeu ao pensar no afeto de Lily sendo desperdiçado em alguém tão indigno. Como alguém tão vibrante e compassivo como Lily poderia amar alguém como Snape? O pensamento o atormentava, enchendo-o de frustração e confusão. Não fazia sentido para ele, e ele sentiu uma onda de possessividade em relação a ela, desejando que ela pudesse ver a verdade sobre o garoto com quem ela tinha uma conexão tão profunda.

Ele passou cinco longos anos declarando seu amor por Lily, cada proclamação um testamento de sua devoção inabalável. Junto com seus amigos, ele havia planejado expor o viscoso sonserino, determinado a revelar o lado negro de Snape e mostrar a Lily o quão indigno ele era de uma garota como ela. James tentou tirar a escuridão de Snivellus, com a intenção de revelar suas verdadeiras cores para todos, na esperança de proteger Lily da influência de alguém que ele via como uma criatura vil e miserável. No entanto, apesar de todos os seus esforços, Lily ainda se importava com Snape, como se nada neste mundo pudesse separá-los. A visão de sua compaixão por aquele garoto encheu James de frustração e amargura. Como alguém tão desprezível quanto Snape poderia ter alguém tão incrível? O enfurecia que uma desculpa pobre de bruxo como Snape pudesse possuir o coração da garota que ele adorava.