Cousins

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[...]

Eu estava na porta da casa de Dean, pois faríamos o trabalho em sua casa, fiquei com remorso de bater, mas logo uma moça velhinha abre a porta

- Com licença, senhora, Dean está? - falo olhando para a mesma

- Ele está em seu quarto, entra querida - ela fala e eu entro, ela aponta para cima e eu subo, escutando música alta, abro a porta olhando o mesmo cantando na cama

- Música clássica? Rap? - cruzo os braços olhando o mesmo

- Só as melhores - ele fala se levantando e indo desligar o som

- Os melhores é Guns N' roses, metallica, AC DC, rock clássico, rock moderno, apenas, rock - falo me empolgando

- Você me lembra alguém - ele diz e eu logo sai do flashback

- De quem? - pergunto curiosa

- Nada, esquece - ele diz coçando a cabeça - se você gosta de rock, curte carros né?- ele me pergunta inocente, não parece má pessoa, mas tenho um mal pressentimento sobre sua pessoa

- Curto sim, principalmente os antigos - falei gentilmente, forçando um sorriso

- Vem, vou te mostrar um brabo - vou atrás do mesmo

Sua casa era repleta de fotos, mas uma me chamou atenção, era meu pai e um homem mais alto, estavam abraçados, sorrindo, aquilo me paralisou

- Você vem - Dean fala parando e me olhando confuso

- Ah, sim - olho uma última vez e acompanho seu ritmo

Entro na garagem devagar, ele tira o pano de cima do carro mais lindo que eu já vi na vida, um Impala 67, todo detalhado e perfeito, muito parecido com o do meu pai, só que com mudanças

- Eai, gostou? - ele fala com um sorriso de orelha a orelha

- Esse é o carro mais lindo que eu já vi - falo ainda boquiaberta

- A baby é incrível - ele fala levantando as mangas da blusa, no mesmo instante, noto sua tatuagem de pentagrama, igual a do meu pai

Eu só posso estar pirando

Engoli seco e sorri, fiquei totalmente desconfortável, mas finjo simpatia

- Porque baby? - falei abrindo um sorriso falso

- Bom, meu tio amava esse carro com todas as forças, era casado com ele, então por isso baby - enquanto ele fala, mil perguntas e hipóteses entram na minha cabeça

E se...?

Não, não é tão possível, dou uma volta ao redor do veículo, olhando cada detalhe, notando o porta malas

- Pode abrir? - perguntei curiosa

- Ah, meu pai disse que não era pra eu mexer ou abrir o carro, mas já que insiste - ele fala sorrindo e indo em minha direção

- E cadê seu pai? - falei sem pensar muito, noto que o sorriso do mesmo saiu no mesmo instante

- Meu pai faleceu há um ano - ele disse sério

- Eu sinto muito - falei olhando o mesmo com ternura

- Não sinta - ele deu um sorriso falso e abriu o porta malas

Meu sorriso desapareceu, vi armas, facas, sal, estacas de madeira, papéis, símbolos satânicos, um pentagrama enorme, fotos e documentos, coloquei a mão na boca totalmente desacreditada, noto a confusão de Dean que se surpreendeu ainda mais

- Papai, você me paga - Dean falou olhando as coisas dentro - o casaco do Castiel - ele pega o mesmo

- Um anjo do senhor - falo sem pensar, ele me olha confuso, eu tenho que perguntar - Dean, quem era seu tio?

- Meu tio era Dean Winchester, recebi o meu nome em homenagem a ele - paralisei

Meu pai tem uma família, ele realmente nunca soube sobre mim, eu fiquei feliz, mas ao mesmo tempo arrasada, tenho tantas perguntas e dúvidas, principalmente sobre as coisas que tem no carro dele

- Você está bem? - Dean pegou na minha mão, me olhando confuso

- Seu tio, onde ele está? - perguntei cheia de esperança

- Meu tio morreu há uns dez anos - porque isso me abalou tanto?

- A dez anos minha mãe virou alcoólatra, há dez anos meu pai morreu, minha mãe tinha algum tipo de dependência no meu pai? Mesmo sabendo que ele sumiu e nunca mais deu Sinais

- Não sei se vai me entender, e eu não espero que me entenda, mas- paro por um instante

- Mas? - o mesmo tem muita mais confusão em seu rosto

Seu tio é meu pai.

- 𝙲𝚊𝚛𝚛𝚢 𝙾𝚗 - O Diário De Sarah Onde histórias criam vida. Descubra agora