- 𝙲𝚊𝚛𝚛𝚢 𝙾𝚗 - O Diário De Sarah

Mother & Dad

-Mãe - falo baixinho abrindo a porta do banheiro, vejo muito sangue - não...

Abro a cortina da banheira e vejo minha mãe com os pulsos cortados, toda descabelada e molhada, de roupa dentro da banheira, coloquei a mão na boca desacreditada

Isso não pode estar acontecendo comigo, eu amava minha mãe com todas as forças, mesmo sabendo que ela nunca me amou.

- Dean - gritei desesperada, o mesmo aparece em poucos segundos, ele colocou a mão na boca também, paralisado

Comecei a chorar sem expressar nenhum sentimento no rosto, mas por dentro eu chorava litros, algo em mim morreu nesse banheiro.

[...]

A polícia levou o corpo da minha mãe após fazer algumas perguntas, não estava acreditando naquilo, fiquei séria a todo momento

O que eu fiz para merecer?

Dean estava do meu lado o tempo todo, ainda não acredito que ganhei um irmão em um dia, ele ficou ali por mim.

- Vamos para casa? - Dean perguntou e eu concordei, chegando na casa de Dean, a mãe do mesmo me recebeu com um abraço, fiquei sem reação, mas desabei em lágrimas naquele momento, aquele foi um abraço seguro, de uma senhora

Me senti num abraço de mãe.

Naquela noite dormi no sofá, muitas coisas me assombravam ainda, fiquei olhando para o teto o tempo todo, eram 2 da manhã escutei a campainha, esperei alguém aparecer para atender, Dean desceu as escadas e atendeu a porta

Pai?

Arregalei os olhos e me sentei no sofá, desacreditada, ele caminha até a sala me olhando assustado, logo atrás dele aparece seu pai e.... O meu.

Dean pegou uma água e jogou nós dois, meu pai olhou com cara de poucos amigos para ele e meu tio deu um sorriso

- Meus Deus, pai - Dean abraça seu pai e eu disfarço o sorriso genuíno que eu dei - essa é minha... amiga, Sarah - solto um suspiro e acenei

- Dean, como você cresceu - meu tio fala e meu pai o lança um olhar um tanto fofo

- Deu meu nome para o garoto? - ele diz cruzando os braços e olhando meu tio

- Acho que é amor - pensei alto e todos me encararam

Que vergonha

- A garota é sábia - meu tio disse sorrindo para meu pai, que me olhou com ternura, parecendo me conhecer, Dean percebe e me puxa para um canto, fazendo um sinal para que os mais velhos esperassem

- Quando você vai falar? - ele disse sussurrando

- Eu não sei, mais não agora - ele passou a mão nos cabelos

- Você pode me chamar de Jack de agora em diante - concordo com a cabeça - meu pai se chama Sam e meu tio Dean - concordei novamente e voltamos para a sala

Dean olhou Jack com desconfiança, Sam arqueou a sobrancelha, lancei um olhar desesperado para Jack que riu de nervoso

- Não, somos apenas amigos - concordo com a cabeça e Dean lança um sorriso sarcástico, encaro o mesmo sem reação

- Muita informação para um dia só - falei me jogando no sofá, Jack riu, provavelmente desesperado ainda

- Como? Como voltaram? - Jack perguntou

- Não sei, mas foi um anjo de novo - Dean diz e levanta a blusa mostrando a marca de mão, Sam faz o mesmo

Castiel ...

Pensei alto, eles me olharam novamente desconfiados demais, levantei e me posicionei do lado de Jack

- Conhece o Castiel? - Sam pergunta e Dean ainda me encara

- Ele foi meu anjo da guarda quando eu era criança - falei abaixando a cabeça - não cresci em um lugar muito legal para crianças, então precisava de alguém para me proteger, conversar comigo, para brincar e me ouvir cantar - falei totalmente sem pensar, mas foi um desabafo

Jack me encarou com um olhar triste, Sam e Dean trocavam olhares indecifráveis entre si, levantei a cabeça e olhei para Jack

- Achei que era fruto da minha imaginação até vê-lo ontem na sua garagem - falei encarando Jack, ele arqueou a sobrancelha

- Droga Sarah, porque não me disse? - ele falou colocando a mão na cintura, balancei a cabeça em negação

- Vamos para a garagem - Sam diz e todos os seguimos

- Uau, você cuidou dela - Dean diz olhando o Impala - que saudades - ele deu umas batidinhas no teto, soltei um sorriso sem perceber, Jack me encarava ainda

- O que conversou com Castiel? - Sam perguntou, fazendo as atenções voltarem para mim novamente

-Não conversamos muito, eu só.. - parei para lembrar - fiz um pedido.. - encarei Jack que me olhou sem reação

- O que pediu ? - Sam perguntou e Jack colocou a mão na boca

Pedi para ver meu pai.