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—Jung Kook? —ele sussurrou em meu ouvido, sentindo meus braços agarrados ao seu corpo por quase um minuto.

- Um pouco mais - implorei, contendo as lágrimas - Só mais um pouco - sussurrei.

Ficamos em silêncio por mais alguns segundos, ainda totalmente abraçados. Eu não queria deixá-lo ir, não queria me separar dele, muito menos depois do que ele me contou após sair da mansão Jeon.

Que o pai dele era Park Gi Won e que ele matou meu pai depois do que fizeram com a mãe de Jinie? Eu acreditei, acreditei completamente. Mas ter meu avô contando tudo a ele me deixou com raiva. Para quê? Para qual propósito? Para machucá-lo?

- Sinto muito - sussurrei, enquanto o pressionava ainda mais contra mim, ao mesmo tempo em que senti uma das minhas malditas lágrimas escorrendo pela minha bochecha - Sinto muito, querido - eu imediatamente enxuguei aquela lágrima, meu rosto e me levantei.

- Estou bem, sério, além disso, você não precisa se desculpar por algo que não fez - ele sussurrou para mim novamente, percebendo que eu finalmente estava me soltando.

- Foi meu pai quem desonrou a vida da sua família, claro que tenho que me desculpar, querido - eu disse a ele, porém, meu garoto apenas sorriu para mim e sem dizer nada, acariciou minha bochecha, aquela que estava levemente molhada segundos antes.

Ficamos nos olhando, em silêncio e sem mover nossos corpos de onde estavam. Deslizei minhas mãos por seus braços e ele segurou meu rosto com as duas mãos. Foi uma ação reflexa que nos levou a nos beijar sem mais delongas. Eu sabia que ele estava na ponta dos pés quando toquei seus lábios nos meus.

Nossos olhos se fecharam automaticamente quando eu abri minha boca para imediatamente sentir seu hálito mentolado em minha língua.

- Eu te amo, querido - eu disse entre beijos. Ele sorriu, mesmo com as mãos tocando meu rosto, eu o apertei mais perto de mim e sem esperar mais, comecei a enfiar minha língua em sua boca, enquanto ele a abria ainda mais, para me deixar entrar.

Naquele exato momento as portas do elevador do nosso apartamento se abriram. Cortamos o contato de nossas bocas, porém, não soltei sua cintura em nenhum momento. Então, na nossa frente apareceu Ho Seok em uma cadeira de rodas com Ji Min empurrando-a.

- Oh, Deus! — meu garoto exclamou imediatamente, enquanto corria em direção a eles - Sr. Ho Seok - disse ele, enquanto se aproximava dele para olhar para ele.

- Ei - disse Ho Seok com um sorriso cansado, porém seu sorriso desapareceu quando ele viu as lágrimas do meu garoto aparecerem -Não chore, estou bem - ele disse enquanto colocava a mão na cabeça de Jinie, que, incapaz de conter-se, além disso, o abraçou com muito cuidado.

Caminhei em direção a eles em silêncio, enquanto os soluços do meu garoto enchiam a entrada. Coloquei minha mão nas costas de Ji Min e com voz suave sussurrei:

-Temos que falar.

Ele me olhou sério, como sempre fazia quando eu dizia essas palavras para ele. Ele olhou para meu garoto e seu namorado e, com um aceno de cabeça, respondeu:

—Tenho que ajudar o Hobi a se acomodar na cama, o médico recomendou repouso total.

Fiquei em silêncio, observando Jung abraçando Jinie chorando, que não o largava por nada no mundo. Eu sabia e entendia, para meu garoto Ho Seok era seu herói. Ele o encontrou na rua naquela tarde de neve e também o trouxe para mim. Se eu pensasse de uma certa maneira, talvez Ho Seok fosse o herói de nós dois, nosso salvador, porque sem ele nunca teríamos conseguido nos reunir.

—Querido, você ajudaria Ho Seok a ir para a cama? — eu disse a ele e meu menino imediatamente assentiu com a cabeça, enquanto enxugava as lágrimas com as mãos.

Olhos FechadosOnde histórias criam vida. Descubra agora