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Eu me senti confuso, preocupado e nervoso. As palavras do avô do Sr. Jung Kook não me deixaram em paz desde o momento em que as ouvi. Ele conhecia minha mãe, eue sabia disso, não era surpresa, principalmente considerando que minha própria mãe havia trabalhado naquela casa. Mas meu pai...

Isso era algo diferente. Por que quando ele me contou sobre ele me deu uma estranha sensação de desconforto? Nunca pensei em meu pai, muito menos me fiz as perguntas que agora flutuavam em minha cabeça.
Onde eu estaria? Quem era ele realmente? Por que um homem como o Sr. Jeon o conhecia? Por que eu falei sobre ele como se houvesse algo mais que eu deveria saber sobre meu pai? Por que eu me importava agora quando nunca me importei?

Algo me dizia que eu não sabia a história completa, o que aconteceu com minha mãe e aqueles homens que a atacaram, inclusive meu pai, mas...

—Ah! — levantei a mão rapidamente e olhei para o molho fervendo na panela. Inferno, eu tinha me queimado com o molho de pensar em outras coisas enquanto cozinhava.

- Sua cabeça está em outro lugar - sussurraram de repente nas minhas costas.

Imediatamente me virei, nervoso e surpreso, porém, meu nervosismo se transformou em felicidade quando vi o Sr. Jung Kook na minha frente, me olhando com gentileza e um sorriso.

- Olá, baby - ele disse e sem mais delongas, deu um beijo em meus lábios.

Eu estava meio perdido. Quando chegou? Eu estava tão perdido em meus próprios pensamentos que nem percebi isso? Aparentemente, sim. Ele sorriu para mim novamente e olhou para minha mão machucada.

- Venha, você tem que colocar o ferimento debaixo d'água - ele disse novamente, pegando cuidadosamente minha mão para me levar até a pia da cozinha, abriu a torneira, colocou minha mão sob o riacho e olhou para mim novamente - Melhor?

Balancei a cabeça mesmo sem poder dizer nada a ele. Olhei para ele, enquanto ele continuava a me olhar com seu sorriso suave marcado nos lábios.

- Quando você chegou? — finalmente perguntei a ele. Ele suspirou e, balançando a cabeça, me disse:

—Acabei de chegar, disseram que você estava aqui na cozinha, eu entrei mas você nem percebeu, o que você estava pensando?

Pisquei e imediatamente desviei meus olhos dos dele.

- Em nada - eu sussurrei - Bem, sim, eu estava pensando em várias coisas, mas...

-Você divaga demais, meu garoto - disse ele, interrompendo meus pensamentos mais uma vez...

-Sinto muito - sussurrei, agora olhando para o chão.

-Ei, ei, eu não disse isso para fazer você se desculpar, nem para te deixar triste - ele me disse imediatamente, levantando meu queixo com uma das mãos, para me permitir ver seu sorriso mais lindo de todos - Comigo você pode pensar com a voz alta se quiser, rosne, balbucie, até grite, não se segure por mim, ok?

Balancei a cabeça novamente e, sem poder me conter, sorri para ele.

- Vou terminar a lasanha - eu disse a ele.

- Não, não é necessário - esclareceu.

—Claro que está tudo pronto, só falta montar e...

- Querido, você se queimou - ele me interrompeu novamente, mas com seu tom de voz gentil eu poderia dizer que ele estava preocupado.

- Isso não é nada - respondi, agora olhando para minha mão coberta por uma toalha limpa - Não dói tanto.

Olhei para cima e pude ver sua carranca.

Olhos FechadosOnde histórias criam vida. Descubra agora