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O Sr. Jung Kook foi muito claro sobre algumas coisas. Eu tinha que estar acompanhado do sádico Sr. Ji Min ou de outra pessoa se quisesse ir a algum lugar, meu número de celular havia sido trocado e ele me pediu para não dar a ninguém, tive até que tomar cuidado ao ligar ele.

-É fácil rastrear uma pessoa simplesmente pelo número de telefone - o Sr. Jung Kook me explicou, vendo minha confusão e dúvidas.

Talvez fosse extremo demais, qualquer um poderia pensar, mas o Sr. Jung Kook tinha sido explícito, era para minha segurança e eu entendi. Ele se importava comigo e isso me deixou feliz. Principalmente quando ele sorriu para mim daquele jeito distinto que me fez suspirar cada vez mais apaixonado por ele.

-Obrigado pela compreensão, querido - ele me disse, acariciando meu rosto com as mãos.

Era impossível para mim dizer não quando ele me tratava com tanta doçura e eu sentia como se estivesse vivendo um sonho cada vez que ele sussurrava para mim que me amava. Talvez eu tenha sido ingênuo, mas acreditei nele, porque seus olhos e seus beijos me mostraram. Eu sabia o quanto ele me amava e ele sabia o quanto eu o amava.

Eu me tornei seu amante secreto, alguém que ninguém conhecia, nem mesmo Tae, meu melhor amigo. Para Tae Hyung, meu relacionamento com o Sr. Jung Kook tinha sido algo esporádico e temporário. Finalmente, quando ele me perguntou sobre meu aparente desinteresse pelo Sr. Jung Kook, eu disse a ele:

- Faz um tempo que não nos vemos, acho que ele está entediado agora - levantei os ombros desinteressadamente e fingindo aborrecimento, acrescentei - além disso, não é como se eu estivesse apaixonada por ele ou algo assim, era apenas... - Dessa vez fiquei em silêncio, porque mesmo fingindo, não ousei dizer que o nosso era apenas sexo.

Um mês se passou num piscar de olhos e quase nada mudou, até aquela noite do tiroteio no bordel. O local havia mergulhado no caos, pois homens armados apareceram em vários bordéis e clubes do Sr. Jung Kook por alguns dias, e naquele dia, coincidentemente, o beneficiário havia sido aquele em que eu trabalhava.

As pessoas gritavam e corriam de um lado para o outro. Eles assassinaram uma das mulheres locais e dois dos guardas na entrada. Porém, eu não tinha visto absolutamente nada, só tinha percebido o que estava acontecendo por causa dos gritos. A única coisa que me lembro daquele dia foi o sádico Sr. Ji Min correndo em minha direção e me levando pela porta dos fundos, aquela por onde uma vez eu entrei para roubá-los.

O Sr. Ji Min me arrastou até seu carro e embora eu tenha implorado para ele ir buscar o Tae que estava no andar de cima da loja, o Sr. Ji Min não me ouviu.

- Estamos saindo agora - foi a única coisa que ele respondeu antes de ligar o carro e pisar no acelerador o mais forte que pôde.

Naquela mesma noite, antes que o Sr. Jung Kook soubesse do que aconteceu na loja, eu já sabia quais seriam suas palavras e não me enganei em nada:

—Você não vai voltar para lá, pelo menos até que parem os ataques aos clubes.

Quis recusar, porém, o olhar aterrorizado e preocupado do Sr. Jung Kook havia me silenciado, sem falar no abraço intenso que recebi dele logo ao entrar pela porta do nosso apartamento.

- Estou tão feliz que você esteja bem - ele me disse sem soltar um centímetro - você não tem ideia do que senti quando soube o que aconteceu.

—Quem eram essas pessoas, Jung Kook? E o que eles queriam? — perguntei a ele, mas como sempre, o Sr. Jung Kook não me respondeu. Ele simplesmente olhou para Ji Min, que nos deixou sozinhos na sala do nosso apartamento. - Jung Kook, Tae estava lá em cima e o Sr. Yoongi saiu para ver o que estava acontecendo assim que ouviu tudo. Pessoal, o que aconteceu com eles?

Olhos FechadosOnde histórias criam vida. Descubra agora