one made for the other

001 - Amizade à vista

Lá estava eu, às 5h26, me arrumando para a faculdade. Comecei a faculdade de criminologia recentemente e tô amando. Desde pequena, um dos meus sonhos foi trabalhar na área de crimes, como perita criminal. Imagine a dupla dinâmica: eu, Eduarda Bueno, como perita criminal, e a minha cunhada, Deolane, como advogada.

Saí do banho e logo sentei na minha penteadeira pra me arrumar. Tinha feito uma escova no cabelo, então já estava arrumado; era só uma maquiagem simples. Passei corretivo, um pouco de blush, iluminador e gloss. Soltei meu cabelo, logo passando um reparador de pontas; iria de cabelo solto mesmo. Peguei uma calça flare clara e um cropped de manga preta, logo pegando um moletom preto da Nike e colocando meu tênis Qix. Passei meu perfume.

Peguei meu celular e minha mochila e desci, logo avistando Kevin e Hariel entrando pela porta da frente.

— Bom dia, maninha — deposita um beijo sobre minha testa.

— Bom dia, Duda — Hariel me cumprimenta com um beijo na testa.

— Bom dia, gente — falo.

— Vai pra onde, essas horas? — pergunta, sentando no sofá.

— Vou pra faculdade, criatura — falo, e ele sorri.

— Minha maninha vai seguir a carreira dos sonhos — diz, e eu sorrio.

— Tá fazendo facul de quê, pirralha? — pergunta, me olhando.

— Criminologia — falo, sorridente.

— Que da hora, hein! — sorri. — Vai longe ainda, garota. — Apenas sorrio em agradecimento e vou até a cozinha, deixando minha mochila e meu celular no sofá. Abro a geladeira e logo pego morango e uva verde; não sou de comer muito de manhã. Vou até a sala e me sento ao lado do Hariel. Peguei o controle e liguei, colocando em "Sobrenatural", minha série favorita.

— Carai, você não cansa dessa série, né? — diz, e eu apenas nego com a cabeça, não tirando os olhos da TV.

— Faça sol, faça chuva, tempestade ou caia o mundo, ela vai assistir essa série — diz Kevin, e eu rio com eles.

— Onde vocês estavam? Que chegaram essas horas? — pergunto, ainda prestando atenção na TV.

— Show — diz, e eu apenas murmurro um "entendi".

Terminei de comer e lavei o potinho que havia usado. Tomei um copo de água e voltei pra sala, continuando a assistir. Era 5h57; eu normalmente saio 7h por aí, mas prefiro acordar mais cedo.

— Depois da faculdade, vai fazer o quê hoje? — pergunta.

— Vou trabalhar, aí depois vou fazer meu curso de inglês — falo.

— Inglês? — pergunta. — Terminou o de espanhol?

— Si, mi amigo favorito, ya terminé. Hablo español con fluidez, ¿vamos a México? — falo, e ele sorri.

— ¿Vamos? — ele ri junto comigo e Kevin.

— Si, vamos — falo.

— Bem que a gente podia ir mesmo, né? — fala, e eu e Hariel olhamos pra ele.

— É mesmo, né? — diz.

— Sim, eu super apoio — digo.

— Vamos ver certinho; a nossa tradutora já temos — diz, e rimos.

— Vai sair que horas? — me pergunta.

— Lá pra 7h — falo, mexendo no celular. — Por quê?

— Se quiser, eu te levo — Kevin olha pra ele.