Durante o dia, ele é um respeitado perito criminal, minucioso e dedicado a desvendar os mistérios mais complexos de crimes, sempre à procura de justiça. Mas, quando a noite cai, ele se transforma em algo muito mais sombrio: um assassino de aluguel i...
O clima era de celebração, a noite estava animada. Em frente à mansão de Jonathan, carros de luxo eram estacionados, e a casa parecia um verdadeiro palácio.
Era 21 de outubro, e naquela sexta-feira comemorava-se o aniversário de Eloise. A jovem estava ansiosa, admirando-se diante do espelho enquanto algumas moças ajustavam seu vestido. Ela queria estar deslumbrante, embora isso já fosse natural para ela. No entanto, algo ecoava em sua mente.
"Será que ele vem?"
Seus pensamentos foram interrompidos pela entrada de seu pai no quarto.
Jonathan: Filha! Você está linda, meu amor.
Ele se aproximou e lhe deu um beijo carinhoso na testa.
Jonathan: Por que mandou chamar o papai?
— Bom... é... vai ter muita gente?
Jonathan: Claro, todos os amigos do papai.
— Ícaro vem?
A pergunta foi inesperada, e o pai estranhou um pouco, mas sabia que Ícaro tinha um jeito especial com os adolescentes.
Jonathan: Acredito que sim.
Era tudo o que ela precisava ouvir.
Enquanto isso, Ícaro lutava contra o tempo na delegacia. O jovem estava no laboratório, analisando algumas amostras de sangue.
Colega: Que pressa é essa, Ícaro? Parece que está fazendo o relatório de qualquer jeito.
— Tenho um compromisso e já estou atrasado.
— Minha área nem é o laboratório, mas temos que cobrir os plantões dos colegas.
Ícaro resmungou.
Colega: Não reclama tanto, vai! Sei que seu lugar é nas cenas dos crimes. Mas já estamos terminando, aguenta mais um pouco.
Ícaro respirou fundo e continuou seu trabalho. Em um deslize do colega, ele pegou um saco plástico contendo a carta enviada para a garota. Aproveitando que estava de luvas, colocou a carta na impressora para tentar identificar as digitais. Quando abriu o computador, se frustrou.
— Quatro horas? Fala sério!
Ele suspirou e deixou a impressora fazer o trabalho. Esperaria o tempo que fosse necessário para descobrir quem era o desgraçado. Quando finalmente terminou, o colega de Ícaro foi embora, e ele trancou o laboratório, deixando a impressora continuar.
Agora, corria contra o tempo. Passou em uma floricultura e comprou um presente para a garota. Ao chegar em casa, tomou um banho rápido e começou a se arrumar. Alguns minutos depois, já estava pronto e dirigia em direção à casa de Eloise.
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— Uma hora e meia atrasado... parabéns, Ícaro.
Disse para si mesmo.
Na festa, os olhos de Eloise não desgrudavam da porta. A presença de Ícaro era tão marcante que ela mal conseguia aproveitar a festa. No momento, dançava uma valsa tranquila e envolvente com o filho de um amigo de seu pai, mas não queria estar ali com aquele rapaz.
