Perigo Noturno

Capitulo 04

Assim que saí da casa da Hana comecei a caminhar sem rumo pela Estrada de terra batida estava escuro, vazio e silencioso, continuei caminhando por algum tempo até que me dei conta que já estava fora da Vila, eu havia adentrado em uma floresta que ficava próximo a entrada da vila e acabei perdendo o rastro da trilha que estava seguindo, enquanto tentava encontrar uma saída acabei perdendo o senso de direção, não sabia de que lado eu tinha vindo e por esse motivo não Sabia como voltar, eu estava completamente perdida e sem noção do que fazer, caminhando sem rumo vejo de longe uma silhueta emergindo da escuridão, estava caída ao chão sem sinal algum de vida, chegando mais perto vejo que é um homem por volta dos 20 anos e com um semblante sofrido.

- Provavelmente deve ser mais um bêbado que não tem o que fazer e fica zanzando por aí. - Pensei enquanto me aproximava.

- Senhorita, me ajude por favor. - Com uma voz chorosa e com ar de sofrência implorou o homem, olhando bem para ele agora pude notar que há muito sangue onde ele está, vi que sua perna está com uma ferida grande expondo o fêmur direito e lacerações na perna esquerda.

- Quem é você?

- Eu me chamo Sora e cheguei aqui acidentalmente.

- Como se chega em algum lugar por acidente? - Levantei a cabeça e comecei a caminhar Ignorando-o.

- Senhorita, há seis anos perdi contato com minha mãe e Esperei por três longos anos algum contato dela, só então vim procurá-la por conta própria e decidi começar por onde ela fez contato pela última vez, por isso decidir vir para o Japão, mas no meio do caminho o meu navio naufragou e eu perdi todos os meus pertences, documentação e tudo o que tinha, algum tempo depois vi um navio passando pela ilha na qual eu estava e pedi ajuda, eles prontamente me ajudaram, me trouxeram até a praia e disseram que eu deveria perguntar aos moradores da área, então eu agradeci e eles me disseram para tomar cuidado, pois existem alguns perigos inexicaveis aqui, então eu agradeci e me despedi.

- Sinto muito, mas não posso ajudá-lo.

- Apenas me ajude a encontrar algum lugar, se eu encontrar ao menos uma Vila posso fazer algo sozinho.

- Eu estou sozinha também, se quiser chegar em algum lugar acho bom se levantar e me acompanhar.

- É que... Eu não consigo... Me levantar. - Falou com um pouco de receio em sua voz.

- Oras, você disse que seu barco naufragou mas estamos longe do litoral e não tem nenhuma região litorânea por aqui, acha mesmo que sou inocente a esse ponto?

- Por favor acredite em mim, depois de sair sem rumo daquela praia passei alguns dias caminhando fui seguido por cães raivosos, mas quando eu adentrei a floresta eles recuaram e acabei encontrando alguns lobos aqui e fui seguido por eles até aqui, eles dilaceraram minha perna esquerda e devido à isso eu não consigo andar, por isso estou aqui. - Não foi convincente, mas vou ajudá-lo, espero que não me arrependa depois.

- Tudo bem, vou ajudá-lo.

- Como se chama?

- Por que quer saber? - Não o conheço e não sei suas intenções, mas uma coisa é certa, ele estava muito machucado, porém, não sei se ele fazia parte do mesmo grupo que me sequestrou, porém todo cuidado é pouco principalmente com desconhecidos, já estou me arrependendo de tê-lo ajudado.

- Me desculpe, não queria ser inconveniente.

Andando em meio a escuridão da floresta e perdida entre pensamentos e desconfianças a respeito da pessoa que me acompanha até quase o amanhecer, quando encontramos por acidente o que parecia ser um casebre de madeira e pequeno, para a nossa sorte estava aberto, não havia nada por perto que indicasse que o dono estava ali, então passamos o dia, enquanto ele dormia eu estava alerta, não consegui dormir com um homem por perto, houve um momento que eu fiquei vidrada em um ponto fixo quando escuto um barulho estranho, era como se algo estivesse colando ou descolando lentamente e começo a procurar o que poderia ser esse barulho com os olhos pude ver uma carne crescendo lentamente de dentro da carne daquele homem e pensei "o que é esse homem nunca vi um ser sequer na vida que podesse se curar dessa forma, mas também não quero ficar para descobri." Na hora não sei o que me fez pensar sobre, só estava com isso na minha mente, então se ele não é humano o que poderia ser ele, foi o que fiquei me perguntando durante todo o tempo em que estive dentro daquele lugar.