Depois daquele dia, Gui nunca mais foi o mesmo. Ele não me notou quando estive lá, mas ela, sim. Ele começou a passar muito tempo com ela, como se eu tivesse deixado de existir. Sempre que tentávamos conversar, ela o chamava, o que me incomodava profundamente. Decidi então agir. Certo dia, na hora do almoço, fui até a mesa onde ele estava com ela e disse:
— Podemos conversar?
— Sim, pode falar.
— Não aqui.
Ela me lançou um olhar estranho e sinistro. Gui se levantou, e fomos para fora do refeitório. Estranhei ao vê-lo de casaco; no impulso, levantei as mangas e vi seus braços cobertos de mordidas e arranhões. Olhei para ele seriamente enquanto ele abaixava a cabeça.
— O que está acontecendo?
— Iran. Eu posso explicar!
— Explicar o quê? Ela está te matando lentamente!
— Ela me ama, e eu a amo!
— Isso não é amor, é loucura. Você precisa deixar ela. Eu vou acabar com isso.
— Não, você não vai. Você poderia ao menos me deixar ser feliz. Não é culpa minha se você não tem ninguém, se você é sozinho. Isso foi decisão sua, né?!
Eu o olhei, mas não conseguia entender. Talvez ele tivesse razão. Harumi chegou e disse:
— Vamos logo, está demorando. A comida vai esfriar.
Ela me olhou com aqueles olhos e se virou. Gui cobriu os braços novamente e passou por mim como se eu não estivesse lá. Voltei para a mesa com Abe e Daniel. Terminado o almoço, fomos para o laboratório. Olhei ao redor, mas não vi Gui. Decidi voltar ao refeitório. Não encontrei ninguém e perguntei à moça que servia a comida.
— Você viu o casal que estava naquela mesa?
— Sim, eles entraram naquele corredor.
Ela apontou para uma porta. Corri pelo corredor e vi a porta do armazém aberta. Entrei correndo e me deparei novamente com Harumi sobre Gui. Tentei tirá-la de cima dele, mas ele não mostrava sinais de vida. Olhei para ela, que apenas observava, e disse:
— Você é um monstro!
Com voz fria e cruel, ela respondeu:
— Eu sabia que ele não aguentaria, então apenas o usei.
Gui começou a abrir os olhos lentamente. Tentei levantá-lo, mas Harumi me impediu, aproximando-se e sussurrando:
— Você não vai tirá-lo daqui, ou eu vou cortar seu pescoço e beber até sua última gota de sangue!
— Você não seria tão louca assim.
Tentei sair com ele apoiado em meu ombro, mas Harumi nos empurrou, fazendo-nos cair no chão. Ela ficou em pé diante de mim.
— Você duvidou demais.
Sem reação, fiquei parado. Harumi subiu em cima de mim, me empurrou delicadamente com o dedo, fazendo-me deitar no chão. Ela se esfregava em mim, dizendo ao meu ouvido:
— Eu quero sentir seu mais profundo sabor. Está pronto? Pela sua cara, nem preciso perguntar. Você não tem escolha.
Harumi desabotoou minha camisa, deitou-se sobre meu peito e começou a passar a língua até meu pescoço, chupando-o. Ela levou as mãos aos meus cabelos, puxando-os. Meu corpo, estranhamente, parecia gostar daquela atração doentia. Harumi começou a gemer e rir loucamente, acelerando o ritmo. Então, ela levou a boca até a minha, olhando nos meus olhos como se quisesse me possuir. Beijou-me, sufocando-me, enquanto me prendia com suas pernas e braços. Finalmente, ela parou, ofegante, sobre meu corpo, dizendo:
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A GAROTA PERFEITA (DELUXE USED AI)
RomanceHarumi e uma linda e bela garota que aparentemente parece ser normal, até que começar a namorar o amigo de Iran que com o tempo descobre que aquela bela garota e uma psicopata sem noção que apenas se aproveita do corpos de suas vítimas, até que Haru...