Amigas para sempre: Uma vida de aventuras

3 anos de pura emoção(juliana)

Estou voltando para o instituto agora. Bem que eu disse que um dia moraria nos Estados Unidos! Esses três anos estão sendo os melhores de minha vida.
Além do treino ser divertido e às vezes engraçado, eu vivo no instituto de Nova York, um dos melhores, e vejo meus melhores amigos sempre que aparecem por aqui, o que não é difícil, já que a família deles, Herondale, tem laços estreitos com este lindo prédio gótico.
Antes de dormir, às vezes, ainda fico relembrando a sorte que tive e que ainda tenho, desde os 12 anos.
Claro que no começo, não foi fácil. Eu sentia falta da minha família e o treino era um pouco puxado já que eu não era gorda, mas também não era magra. Porém, meus hoje melhores amigos Jonathan e Jocelyn, me receberam muito bem, assim como os pais deles, que são conhecidos por todos os caçadores de sombras pois foram importantíssimos para o impedimento do fim do mundo, e foi ficando mais fácil. Eu me divertia muito treinando, e fiquei muito feliz ao descobrir que era caçadora de sombras de nascensa, apesar de que até hoje não souberam quem são meus verdadeiros pais.
A dois anos, saí para caçar pela primeira vez. A emoção da luta, a adrenalina gostosa que sinto ao lutar torna isso ainda mais extraordinário, e torna esta vida perfeita de um jeito magnificamente imperfeito.
Minhas aventuras nestes anos, como caçar demonios dragão, ir à restaurantes com comidas de integrantes do submundo, aprender o técnico de algumas magias e línguas demoníacas e ver fantasmas, foram algo que não pode ser descrevido. Alguns caçadores de sombras tem inveja dos mundanos, mas eu não. Pois é essa vida que eu quero, e mesmo se eu morrer jovem, poderão falar que eu vivi. Vivi cada segundo intensamente. E protegi muitas pessoas, o que também dá um sentimento gratificante.
Jocelyn me tira de meus devaneios a tempo de vermos a linda vista que se revela apenas para nós. Jonathan está do meu outro lado, quieto como sempre, pensando na vida.
-Terra para Ju, Terra para Ju....Está me ouvindo? - Diz Jocelyn, repetindo o mesmo para o irmão logo depois.
-Não estamos te ouvindo, aquela cabeçada que dei na caverna me deixou surda... - Brinco, sendo seguida por Jonathan:
-É verdade, você nunca mais vai ter ouvintes tão bons quanto nós...
Ela nos empurra e acaba sujando as mãos de lama, que ainda não limpei do uniforme.
-Sorte que eu não caí nessa lama, se não ia ficar toda grudada...
-Isso te dá alguma ideia Jonathan? - Digo provocando Jocelyn.
-Várias ideias que envolvem lama e minha querida irmã...
-Vocês nem pensem nisso! Se não vocês vão ver! - Ela entra na brincadeira.
-Será que tenho tendência a virar amiga de serial killers?
-Claro que tem, vou até pedir uma ajudinha para a Lilith! - Chegamos no instituto e paramos de falar. Está tarde, e não queremos arrumar problema com nenhuma família daqui.
Me despeço dos dois e eles vão para o corredor onde ficam os quartos deles. Vou para o corredor onde fica o meu.
Entro fechando a porta com cuidado, para não acordar a menininha do quarto ao lado.
O pequeno cômodo organizado que venho chamando de quarto à alguns anos não pode ser chamado de comum. Desenhos nas paredes, um sansung S4 na cômoda, coisa incomum entre caçadores de sombras, e livros de aventura no criado mudo tornam o espaço meu e diferente dos outros.
Deito na cama e bebo um pouco de leite. Olho o celular para ver se o programa que eu queria baixou e decido dormir. A rotina do instituto começa cedo, e não quero me atrasar.
***
Acordo de manhã cedo por causa de um pesadelo. Não me importo mais com estes sonhos faz tempo, mas eles se repetirem toda noite não deve ser conhecidência.
Tomo um bom banho na pequena suíte do quarto e coloco meu uniforme mesmo um pouco sujo de lama. Escovo meu cabelo, agora liso, e o prendo num rabo de cavalo.
Saio para o corredor. Estou adiantada e decido arremessar facas na sala de treinamento.
A sala está vazia, e tenho as facas só pra mim. Amo meus amigos, mas às vezes ficar sozinha me ajuda a pensar. Começo a atirar e acerto todas. Depois de anos treinando, fiquei ótima nisso, mais do que em outras áreas até. Nunca fica chato ou enjoa.
Sinto que estou sendo observada, e torço para não ser mais que uma sensação. Não sei se quero falar com conhecidos agora. Ouço uma tábua ranger e me viro. Nada. Dou de ombros e continuo a atirar, dessa vez mais atenta.
Jonathan coloca as mãos nos meus ombros e me dá um susto tremendo.
Quando me viro novamente, ele está rindo.
-Mas você, viu? Sorte que não tentei te matar!
-Não conseguiria me matar nem com essa faca na mão! - Ele continua rindo.
-Que engraçado, da próxima vez quem vai pular de susto é você! - Apesar de tudo, também começo a rir um pouco. Nesses três anos, acabei ficando amiga dele também, apesar de querer estrangulá-lo aos 12.
-Você está atirando facas não é? Vai ter companhia... - Ele atira uma faca e erra. Nunca foi muito bom nisso, e me vejo rindo mais um pouco.
-Vou mostrar pra você como se atira! - Digo brincando e acerto uma faca. Assim que Jocelyn chegar, ela vai rir muito da cara do irmão.
-Você deveria ganhar um óscar, parabéns! - Ele está um pouco bravo. Não vou dar aulas pra ele denovo, é muito engraçado ver quando ele erra o alvo.
Jocelyn chega logo depois e temos vamos tomar café um pouco mais cedo, pois parece que terão um anúncio para fazer.
Estamos todos curiosos quando chegamos na sala.