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Acordou de repente com um barulho de despertador. Iria se mexer e desligar o alarme irritante, se um ser humano de cabelos brancos não estivesse praticamente o aprisionando com os braços.

Seus rostos estavam bem próximos, corou ao notar. Tentava se livrar cuidadosamente do leve aperto. Parou quando viu Satoru se mexer, sinal de que estava acordando - ou não.

Não queria sair dali, então apenas esticou o braço para trás, onde seu celular estava, encima da pequena mesa ao lado da cama. Tentou diversas vezes deslizar o dedo para o lado certo, até conseguir.

— Bom dia. — Falou rouco. Quando olhou, o platinado estava acordado, com um sorriso pequeno no rosto. Sentiu suas bochechas esquentarem pela proximidade e o contato, provavelmente o outro havia notado.

— Bom dia. Licença. — Falou, tirando o braço do maior, que estava ao redor de seu corpo. O outro riu ao ver a vermelhidão na face do garoto.

— Que horas são? — Perguntou, se ajeitando.

— Cinco e pouco, provavelmente.

— Nem fudendo que eu acordei cinco da manhã em um dia que nem vai ter aula! — Revirou os olhos.

— Foi mal, esqueci de desligar o despertador. — Olhou para a cortina que tampava a visão da varanda, não havia clareado muito, ainda. — Eu vou voltar a dormir. — Bocejou e se aconchegou de volta no travesseiro.

— Também.

Após a fala, Gojo novamente envolveu seus braços ao redor do corpo do menor.

— Satoru, você 'tá carente, porra?

— 'Tô te segurando, pra você não cair. — Mentiu descaradamente. Recebeu um leve chute em seguida, quase caindo da cama, já que era bem apertada. — Ei, pra que isso?

— Pra você cair e bater a cabeça, idiota.

— Que fofo. Quer que eu desça para o colchão?

— Não.

— Se decide, Suguru! — Sorriu divertido. O outro revirou os olhos e afundou o rosto na curvatura do pescoço do maior. Quase não havia espaço disponível. — Boiola.

— Desce. — Empurrou novamente o outro.

— Ah, não! — Resmungou. — Tava brincando!

— Desce agora, desgraçado! — O outro riu alto, se levantou da cama e foi para o lado em que o colchão estava. — Palhaço. Teve sorte que eu não mandei você dormir no sofá.

— Vai sentir minha falta, hein. 'Tô avisando. — Se deitou no colchão. — Os dois estavam deitados, virados para direções opostas. Não queriam que o outro visse a vermelhidão em seu rosto. — Não negou.

— Vai pro sofá, agora!

Continuaram com a pequena discussão boba. No final, Gojo não foi para o sofá por implorar muito. Minutos depois, os dois caíram no sono novamente. Tinham acordado cedo e nem ia ter aula, e ainda tinham ido dormir quase três horas da madrugada.

"24/06/24. Segunda-feira, 22:03.

Só que quando ela chegou, eles já tinham quebrado o portão todo dela. — Utahime estava quase no final de sua fofoca. Todos riram desacreditados.

Mas quem tava com o dinheiro não era a outra? — Perguntou Satoru.

Foi. Mas só descobriram no dia seguinte.

E o portão? — Perguntou Nanami, incrivelmente estava interessado pelo assunto.

Pagaram um novo para ela. Depois disso, eles tentaram voltar a falar com ela, mas ela nem deu papo para eles.

When the sun goes down and the moon comes up. - 𝘀𝘁𝘀𝗴Onde histórias criam vida. Descubra agora