Capítulo 1: O Sonho

3 0 0
                                    


Em uma tarde de domingo, dona Vera, uma mulher robusta e falante, lava as louças do almoço enquanto sua filha, Gabriela, recém-casada, as seca e guarda.

- Vem cá, minha filha, vem cá! Deixa esse pano de lado por um instante.

Gabriela seca as mãos no avental e se aproxima da mãe.

- O que foi, mãe?

- Quero te dar uns conselhos de mulher pra mulher, sabe? Coisas importantes pra um casamento dar certo.

- Ah, mãe, que conversa é essa? Já sou casada.

- Casada é uma coisa. Para o casamento ser feliz, minha filha, tem que saber usar as armas certas.

- Que armas, mãe?

 - As armas da mulher, uai! A beleza, o jeito de falar, o carinho... E principalmente, a arte de fazer filhos e de fazer o homem te querer sempre.

- Mas estamos bem, mãe. Não precisa se preocupar.

- Você é muito tímida, minha filha. Um homem gosta de uma mulher que sabe o que quer.

- Mas o Everaldo me ama. Ele é muito bom comigo, mãe.

- Bom é pouco, minha filha. Tem que ser apaixonado. E pra isso, você tem que saber atiçar o fogo.

- Atiçar o fogo?

- É isso mesmo. Um vestido mais justo, um olhar mais provocante, um beijo mais demorado... Os homens são como crianças, precisam ser estimulados.

- Mas eu não quero ser vulgar, mãmãe.

- Vulgar? Que nada! Ser sensual é ser feminina. É mostrar pro seu marido que ele tem a mulher mais desejável do mundo. E dentro de sua prórpia casa a mulher tem fazer de tudo, não pode ter melindres de vulgaridade.

Gabriela ficou pensativa. Dona Vera completou seu discurso:

- Escuta a sua mãe, minha filha. A felicidade de um casamento está nas mãos da mulher. E você tem tudo pra ser muito feliz. Basta fazer seu marido feliz e dar a ele os filhos que ele tanto deseja. Aprenda comigo enquanto ainda estou viva.

A mulher que queria ser sensualOnde histórias criam vida. Descubra agora